Na atualidade há diferentes ferramentas e tecnologias que podem ser usadas para evitar riscos climáticos na agricultura.
O uso de boas práticas agropecuárias e de técnicas sustentáveis é uma das alternativas que passará ser cada vez mais valorizada, conforme um dos temas que apresentados durante a reunião da Embrapa, realizada de 18 a 20 de junho na sede de Brasília.
Práticas na agropecuária e riscos na agricultura
A adoção de práticas conservacionistas e sustentáveis, como plantio direto na palha, rotação de cultura, aumento de matéria orgânica no solo, uso de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) entre outras contribuem a mitigar riscos de perdas que são ocasionadas por adversidades climáticas, como secas prolongadas ou chuvas em excesso.
Com esse menor risco, em um futuro breve, produtores que utilizam essas práticas deverão contar com maior subvenção no seguro agrícola e obter taxas de juros mais baixas.
Uma das inciativas neste sentido é o Zoneamento Agrícola de Risco Climático Níveis de Manejo, no qual irá considerar as técnicas de manejo adotadas pelo produtor na definição dos riscos.
Outra iniciativa também está sendo adotada pelo Ministério da Fazenda, por meio da taxonomia sustentável, que tem como intuito definir e padronizar indicadores de sustentabilidade das propriedades rurais.
“A ideia é reduzir juros para atividades sustentáveis e beneficiar quem adota essas práticas”, relata Gilson Bittencourt, Subsecretário de Política Agrícola e Negócios Agroambientais, do Ministério da Fazenda.
Ele ainda afirma que esse é um trabalho árduo pois envolve a definição de parâmetros e um modelo de certificação para atestar que as práticas estão realmente sendo realizadas de maneira sustentável.
Zarc
Dentre os instrumentos de gestão de riscos, o Zarc também foi apontado como um grande trunfo do setor agropecuário brasileiro e que tem despertado interesse de outros países.
Utilizado para o Proagro, Programa de Seguro Rural (PSR) e também pelas seguradoras que atuam fora do PSR, este instrumento tem sido essencial balizador para mitigar riscos.
A Rede Zarc de pesquisa da Embrapa também está trabalhando constantemente em melhorias da ferramenta. Uma que já foi implantada nos últimos anos é o uso de três faixas de risco e que a partir de julho do 2024 passará a ser utilizada como referência na cobertura do seguro. Contratos com 20% de risco terão cobertura de 100%, com 30% a cobertura será de 50% e com 40% de risco a cobertura cai para 50%.
As melhorias no Zarc fazem parte do Plano Nacional de Gestão de Risco Agropecuário, desenvolvido pela Secretaria de Política Agrícola no Ministério da Agricultura e Pecuária. De acordo com Jônatas Pulquerio, diretor de Gestão de Risco Agropecuário do Mapa, o Plano tem como pilares a modernização do seguro rural, informalização e fiscalização, pesquisa e desenvolvimento e sustentabilidade e inovação.
Informações extraídas da Embrapa.