Uma forte massa de ar seco vem atuando sobre o Brasil há alguns dias e baixado os níveis de umidade relativa do ar, provocando inclusive condições de alerta e emergência em algumas regiões.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há áreas da Região Central do Brasil, entre os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás e São Paulo, que a umidade está em situação de grande perigo, chegando a menos de 10%.
Massa de ar seco baixa a umidade do ar no Brasil
Desde o último domingo, a umidade relativa do ar está ficando abaixo de 12% em várias localidades, nível de emergência. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade ideal para a saúde dos seres humanos precisa ser entre 50 e 60%.
Segundo o Climatempo, na segunda-feira (19), várias regiões brasileiras estiveram sob a influência de um bloqueio atmosférico causado por essa massa de ar seco, que provocou níveis de umidade alarmantes. Veja cidades com a umidade mais baixa no Brasil:
- Goianésia-GO: 8% de umidade às 15h
- Barretos-SP: 9% de umidade às 16h
- Castro-PR: 9% de umidade às 16h
- Cuiabá-MT: 10% de umidade às 18h
- São Paulo-SP (Mirante de Santana): 12% de umidade às 15h (mais baixa desde 2021).
Nesta terça-feira (20), todo o território brasileiro está com tempo ensolarado com períodos de nublado. A umidade do ar se manteve em níveis críticos abaixo dos 12% em várias áreas, especialmente no Centro-Oeste e partes do Sudeste e Sul.
As áreas mais afetadas estão no Mato Grosso do Sul, sul da Bahia, sul de Mato Grosso, noroeste do Paraná, oeste de São Paulo e Triângulo Mineiro. Essas regiões continuam sob alerta máximo, com período bem seco ao longo do dia.
Previsão do tempo para esta semana
A previsão para os próximos dias aponta para uma leve melhoria. Nos cálculos de meteorologia do Climatempo, a virada dos ventos e o afastamento gradual dessa massa de ar seco, pode trazer uma melhora na umidade relativa do ar em algumas regiões.
Impactos da umidade na saúde
Quando a umidade cai abaixo de 12%, que é situação de emergência, há um crítico ressecamento intenso das mucosas, pele e olhos, sangramentos nasais, agravamento de doenças respiratórias e aumento do risco de desidratação. Além disso, aumenta o risco de incêndios em áreas secas, tornando-se uma preocupação tanto para a saúde quanto para a segurança pública/privada.
Entre 20 e 30% – Estado de Atenção:
Há o ressecamento leve pode causar desconfortos como tosse seca e irritação nos olhos. Cuidados a serem tomados:
- Evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11 e 15 horas;
- Umidificar o ambiente com vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, molhamento de jardins, etc.;
- Sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol, em áreas vegetadas, etc.;
- Consumir água à vontade.
Entre 12 e 20% – Estado de Alerta:
Cuidados:
- Observar as recomendações do estado de atenção;
- Suprimir exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10 e 16 horas;
- Evitar aglomerações em ambientes fechados;
- Usar soro fisiológico para olhos e narinas.
Abaixo de 12% – Estado de Emergência
Como cuidar:
- Observar as recomendações para os estados de atenção e de alerta;
- Determinar a interrupção de qualquer atividade ao ar livre entre 10 e 16 horas como aulas de educação física, coleta de lixo, entrega de correspondência, etc.;
- Determinar a suspensão de atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos fechados como aulas, cinemas, etc., entre 10 e 16 horas;
- Durante as tardes, manter com umidade os ambientes internos, principalmente quarto de crianças, hospitais, etc.