Atualmente o Brasil é o segundo maior produtor de frutas do mundo. Dentre os estrados produtores, três deles se destacam pela produção de mangas. Todavia, assim como qualquer outro ramo da agricultura, problemas com as mudanças climáticas são comuns. O estado da Bahia enfrenta, hoje, um crítico período de estiagem, o que facilita a iniciação de incêndios.
De acordo com informações repassadas por Antônio Fonseca, supervisor regional da Korin Agricultura e Meio Ambiente, “o estado [Bahia] já tem 101 municípios com decretos de emergência por seca, atingindo de forma direta população de mais de um milhão de pessoas. A produção de alimentos também precisa de água”.
O maior polo de produção da fruticultura brasileira fica localizado entre a Bahia e Pernambuco. O município de Juazeiro, localizado no norte do estado baiano, produz grande parte dos produtores de frutas frescas, em especial manga e uva. As exportações desse polo são voltadas para o comércio europeu.
Hoje em dia, o maior polo de produção frutífera do Brasil está passando por uma das maiores crises hídricas dos últimos anos. Neste momento, rios e barragens que levam água para a região registram o menor nível pluvial dos últimos quatro anos, levando em consideração o mesmo período dos anos anteriores.
Além da necessidade de enfrentar as dificuldades na produção e a redução nos preços das frutas, o agricultor ainda têm que encarar longos períodos de seca em todo país. Tendo em vista a estiagem, pequenos e médios produtores rurais já começam a perceber e relatar as perdas na produção devido à falta de chuvas e dificuldade no abastecimento hídrico.
Uso de bioinsumos no cultivo de frutas
Em meio a crise hídrica, a orientação de especialistas é investir na aplicação de bioinsumos nos cultivos com a intenção de contribuir na diminuição do impacto causado pela seca. “Aplicando produtos biológicos via solo é possível manter o equilíbrio nutricional da planta, mesmo com suprimento reduzido de água. Os bioinsumos atuam na descompactação do solo, o que permite maior retenção de umidade. Eles também garantem mais resistência aos patógenos, dando assim melhores condições de produção”, explica Antônio Fonseca.
Os bioinsumos tendem a melhorar as condições biológicas e hídricas do solo, aumentando assim a resistência das plantas ao tempo seco. De acordo com o supervisor regional da Korin Agricultura e Meio Ambiente, “trata-se de uma solução viável, já que é uma tecnologia de fácil preparo e menor custo. “Com o uso de bioinsumos, principalmente para melhoria do solo, as plantas ganham expansão radicular, acessando mais água e nutrientes presentes no solo”.