Foi anunciado nessa terça-feira (22/8) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a certificação oficial do algodão brasileiro à Yuan Fei, presidente da estatal chinesa com foco na indústria têxtil.
O ministro apresentou durante a audiência, o programa de produção sustentável de alimentos do mundo, na qual prevê a recuperação e conversão de 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade em áreas agricultáveis em dez anos, com o intuito de dobrar a área de produção de alimentos no Brasil e sem precisar realizar o desmatamento.
Fávaro ainda pontuou que o Brasil e a China são dois país que possuem respeito recíproco com o compromisso ambiental e a preservação do meio ambiente.
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Benefícios da certificação do algodão brasileiro
A certificação assegura a veracidade dos laudos dos laboratórios de análises de fibras dentro dos padrões internacionais de qualidade com chancela do Ministério da Agricultura e Pecuária.
A dirigente da estatal alegou que a empresa, maior compradora de algodão da China, pretende promover o algodão brasileiro no mercado chinês. Somente nos últimos cinco anos, a Chinatex comprou 400 mil toneladas de algodão do Brasil.
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Conforme o Sistema de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (AgroStat), o Brasil exportou US$ 3,68 bilhões em produtos do agronegócio para a China, no que equivale 30% somente em algodão não cardado e não penteado, totalizando US$ 1,08 bilhão para aquele país.
Já em toneladas de algodão em caroço, a produção brasileira está estimada em 7,4 milhões de toneladas, o equivalente a 3 milhões de toneladas de algodão em pluma, com base nos dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Avanço das exportações e o cenário político
O ministro da Agricultura e Pecuária utilizou do espaço para citar que com a retomada do presidente Lula (PT) à presidência, o país voltou a construir relações diplomáticas e a ampliação dos negócios comerciais com a construção de uma nova ordem econômica mundial.
Na audiência também estiveram presentes os dirigentes da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e representantes da empresa chinesa Minghong Chen, Shuwen Deng, Kai Weng e Zhuoer Li.
A comitiva da estatal ainda aproveitou para visitar regiões produtoras e fazendas de algodão no Mato Grosso e na Bahia, além de conhecer o processo de classificação de algodão. Os dirigentes e representantes também conversaram com autoridades do setor agrícola nacional.