Com o objetivo de compensar as necessidades hídricas das lavouras em virtude da escassez hídrica ou da irregular distribuição de chuvas, a irrigação é uma técnica muito utilizada por produtores rurais, independentemente do tamanho de sua propriedade. Dentro do processo de irrigação temos vários de tipos que podem ser usados em diversos tipos de cultivares.
Entre os tipos de irrigações temos:
- Irrigação superficial
- Irrigação localizada
- Irrigação aspersão
Cada um desses tipos possui suas próprias características, cabendo ao agricultor analisar qual é o que melhor lhe atenderá.
Tipos de irrigação
Irrigação superficial
Aqui a característica principal é conduzir a água para um ponto de infiltração, diretamente localizado na superfície do solo, sendo muito utilizado na região sul do Brasil e também nos cultivos de arroz. Dentro deste tipo de irrigação, encontramos duas subcategorias. São elas: inundação e sulcos.
Assim como qualquer outra tomada de decisão, é necessário analisar as vantagens e desvantagens envolvendo todo o processo. Ao optar pela irrigação por inundação, o agricultor deve ter em mente que dentro dos prós temos o baixo custo de implementação, energia e manutenção. Este processo é auxilia também na fotossíntese das folhas mais baixas, por conta do reflexo da luz solar na água. Além de auxiliar na fixação do nitrogênio atmosférico, este tipo de irrigação não é limitado pela ação do vento.
Já quanto as desvantagens estão o fato de que a água empossada pode ser prejudicial às plantas, devido a diminuição no processo respiratório das raízes. Com este tipo de irrigação pode-se causar erosões nos sulcos, depende também da declividade do solo e podem acontecer perdas por percolação.
Irrigação localizada
Com a irrigação localizada colocamos a água na região onde se encontra as raízes do cultivo, na intenção de fazer círculos molhados ou faixas úmidas. Sendo muito utilizadas, os produtores optam mais por este tipo de irrigação em lavouras frutíferas e pomares. Suas subcategorias são a microaspersão e o gotejamento.
As vantagens do gotejamento são: mão-de-obra e energias de baixo custo, aplicação direta na raiz, possibilidade de se realizar técnicas de fertirrigação, grande capacidade adaptativa, solo úmido e oxigenado, não é limitado pelas ações do vento e não depende da declividade do terreno.
As desvantagens são: alto custo de investimento, sujeito a entupimentos dos canos de saída da água, raízes mais superficiais e diminuição da estabilidade da planta.
Irrigação por aspersão
Este tipo de irrigação tem como objetivo secundário simular uma chuva, através de um sistema de aspersor que joga a água no ar e que, por conta da resistência aerodinâmica, se quebra em pequenas gotículas de água e que molham as plantas e o solo. Aqui, faz-se necessário a instalação de pivôs que podem ser do tipo convencional, central ou auto-propelido.
As irrigações por pivôs são de mão-de-obra baratas, com alta eficiência, felicidade e eficiências na fertirrigação e possibilitando que o produtor rural controle as lâminas de irrigação. Quanto as desvantagens temos o aumento do desenvolvimento de doenças (causada pelo excesso de umidade nas folhagens), alto custo de investimento inicial em energia e manutenção, propensas a ação do vento e declividade do terreno, além de causar danos ao terreno,
Como escolher um sistema de irrigação corretamente
Para escolher corretamente o sistema de irrigação que melhor se adapta ao seu tipo de cultivo, necessidade e orçamento é preciso levar em consideração fatores como o solo, tipo de relevo da região, disponibilidade de água, clima, tipo de cultura e formas de manejo que serão utilizadas no processo irrigatório.
Desta forma, a orientação é que o produtor procure um engenheiro agrônomo para acompanhar a decisão de compra e lhe prestar assessoria, antes mesmo de iniciar a instalação do sistema em sua propriedade rural.
É preciso deixar claro que em todo e qualquer processo de irrigação haverá desperdício de água, prejuízos monetários e diminuição na produtividade. Todavia, isso vai acontecer apenas se não houver um gerenciamento e manejo adequado. Por isso, existe a necessidade de se conhecer a fundo a capacidade e disponibilidade hídrica da região destinada aos cultivares.
*Com informações do portal Agro Smart