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Estudo detalha distribuição de carbono orgânico no solo em regiões do Rio de Janeiro

Resultados servirão de base para ações ambientais e desenvolvimento de projetos sustentáveis em todo o território fluminense.

Por Arieny Alves
Publicado em 28/05/2025 às 10:36
Estudo detalha distribuição de carbono orgânico no solo em diferentes regiões do Rio de Janeiro

Foto: Envato

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Um levantamento inédito conduzido pela Embrapa resultou na elaboração de mapas que detalham o estoque de carbono orgânico presente nos solos em todo o território do Rio de Janeiro.

As medições foram realizadas em duas camadas de profundidade (0–20 cm e 30–50 cm), com resolução espacial de 30 metros, correspondente a uma escala aproximada de 1:100.000.

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A camada superficial concentra cerca de 189 milhões de toneladas de carbono, enquanto a camada mais profunda armazena aproximadamente 119 milhões de toneladas. Essas informações são estratégicas para orientar políticas públicas, compor inventários ambientais e impulsionar o mercado de créditos de carbono no estado.

Carbono orgânico

Carbono no solo
Foto: Envato

As estimativas se basearam em dados do Inventário Florestal Nacional no Rio de Janeiro (IFN), realizado pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB) entre 2013 e 2016. Para isso, foram analisadas cerca de 400 amostras de solo, obtidas em aproximadamente 200 pontos distribuídos por todo o estado.

O material cartográfico foi desenvolvido graças a um acordo técnico entre a Embrapa Solos (RJ) e a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS-RJ). Os mapas estão disponíveis ao público na plataforma Geoinfo, da Infraestrutura de Dados Espaciais da Embrapa.

A iniciativa ainda prevê a publicação de um estudo com cenários que favoreçam o sequestro de carbono pelo solo fluminense. O conteúdo trará recomendações de manejo sustentável, uma biblioteca espectral de solos e propostas de modelo de negócios voltadas para o mercado de carbono regional.

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Amostras

O pesquisador Gustavo Vasques, da Embrapa Solos, explica que os mapas foram gerados a partir de quase 400 amostras, utilizadas para calibrar modelos preditivos de estoque de carbono.

Técnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto permitiram a incorporação de dados de satélite e mapas preexistentes. Esses pontos foram cruzados com variáveis ambientais como relevo, clima, uso da terra, geologia e tipos de solo. Com o auxílio de estatística multivariada, foi possível estabelecer correlações entre essas informações e os valores medidos em campo, resultando na estimativa do estoque para todo o estado.

As regiões serranas se destacam como ambientes com maior acúmulo de carbono, devido ao clima ameno que desacelera a decomposição da matéria orgânica, além da cobertura florestal conservada. No estado, isso ocorre principalmente na Serra do Mar (incluindo a Serra dos Órgãos e a Costa Verde) e na Serra da Mantiqueira (onde está o Parque de Itatiaia).

Outros locais com alta concentração de carbono são áreas alagadas, como os manguezais da região do delta do Rio Paraíba do Sul, no Norte Fluminense. Nessas zonas, a saturação hídrica impede a entrada de oxigênio, inibindo a ação de microrganismos decompositores. Vasques alerta que a drenagem desses terrenos para fins produtivos pode liberar grandes quantidades de CO₂, comprometendo a integridade ambiental da área.

Por outro lado, regiões com pastagens degradadas, sobretudo no Norte-Noroeste fluminense, apresentam baixos estoques de carbono. A falta de práticas adequadas de manejo e adubação compromete a saúde do solo. Nesses casos, ações de recuperação e conservação podem contribuir significativamente para aumentar o sequestro de carbono, promovendo melhorias no ecossistema como um todo, desde o solo até a biodiversidade.

Importância do carbono no solo

Solo
Foto: Envato

Segundo Vasques, quantificar o carbono armazenado no solo tem grande importância, já que esse recurso é considerado uma commodity no mercado internacional. Práticas que promovem o acúmulo de carbono, como o manejo sustentável, a restauração de áreas degradadas e a integração lavoura-pecuária-floresta, ajudam a mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Além disso, os dados servem como referência para calcular a quantidade sequestrada em programas de compensação ambiental, com potencial de geração de receitas via créditos de carbono.

Ele ressalta ainda que, em alguns casos, o custo para medir diretamente o carbono pode ser superior ao seu valor de mercado. Assim, utilizar modelos preditivos baseados em amostras já existentes, como foi feito neste estudo, é uma estratégia eficaz para ampliar o conhecimento sobre o carbono no solo com menor custo.

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Tags: carbono orgânicoelaboração de mapasRio de JaneiroSolo

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