Mesmo com o avanço da colheita nas principais regiões produtoras, o mercado do feijão carioca registrou nova valorização entre os dias 17 e 25 de julho, especialmente para os grãos de melhor qualidade.
Segundo o Indicador Cepea/CNA, a demanda pontual e a preferência por lotes com coloração clara e escurecimento lento têm sustentado os preços.
Valorização do feijão carioca

As maiores altas foram observadas para o feijão carioca nota 9 ou superior. Em Itapeva (SP), a valorização chegou a 6,36%, com a saca cotada a R$ 240,72.
Em Goiás, os aumentos foram de 5,35% no Centro/Noroeste (R$ 218,43/sc) e de 3,68% no Leste Goiano (R$ 213,22/sc). Em Minas Gerais, os preços subiram 3,95% no Noroeste, 3,29% no Sul e Sudoeste, e 0,62% no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, onde a saca foi negociada a R$ 218.
Apesar da recuperação semanal, os preços seguem inferiores à média acumulada desde setembro de 2024. Em Itapeva, por exemplo, o valor atual está cerca de 8% abaixo da média histórica de R$ 260,32/sc.
No caso dos grãos comerciais (notas 8 e 8,5), a presença de lotes mais claros também impulsionou o mercado. A maior alta da semana foi registrada no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, com avanço de 16,56% e a saca cotada a R$ 203,33. Em seguida, vieram Itapeva (+15,41%), Curitiba (+14,68%) e Metade Sul do Paraná (+12,29%). Sorriso (MT) e Belo Horizonte (MG) também tiveram reajustes, de 4,13% e 5,23%, respectivamente.
Ainda assim, parte das regiões mantém preços abaixo da média histórica. Curitiba, por exemplo, tem cotação atual de R$ 168,67/sc, frente à média de R$ 197,23/sc registrada nos últimos onze meses. Em Itapeva, o valor médio acumulado é de R$ 212,16/sc. O Triângulo Mineiro, no entanto, já se aproxima da média, indicando sinais de recuperação.
Mercado do feijão preto se mantém estável

Para o feijão preto tipo 1, a movimentação foi mais contida. Com estoques disponíveis e colheita encerrada, a maioria das praças registrou pouca oscilação.
No Noroeste do Paraná, os preços caíram 6,35%, com a saca a R$ 126,43. Já em Curitiba e na Metade Sul do estado, houve pequenas altas de 1% (R$ 132,41/sc) e 0,95% (R$ 126,48/sc), respectivamente.
No Nordeste do Rio Grande do Sul, os preços permaneceram estáveis em R$ 141,43/sc, enquanto no Oeste Catarinense foi registrado leve recuo de 0,67%, com a saca negociada a R$ 133.