O Governo de Rondônia sancionou a lei 5.729, de 5 de janeiro de 2024, para impulsionar a cacauicultura da região. Com a instituição da Política Estadual de Incentivo à Produção de Cacau de Qualidade, foram estabelecidas diretrizes e metas para o desenvolvimento da cadeia produtiva, com foco nos mercados de chocolates finos.
Um dos pilares da lei é o tripé da sustentabilidade: ambiental, social e econômica, reconhecendo a importância de produzir de forma responsável, respeitando o meio ambiente e garantindo condições justas para os trabalhadores envolvidos na produção. Além disso, o desenvolvimento tecnológico é incentivado, para aprimorar técnicas de produção e industrialização do cacau.

Regionalismo agrega valor ao produto
Rondônia é o quarto maior produtor de cacau do Brasil, porém sua produção representa menos de 1% do mercado nacional. Hoje, cerca de 10 mil famílias em Rondônia dependem da cultura do cacau como uma das principais fontes de renda. Recentemente, algumas inovações prometem impulsionar a produção, trazendo benefícios tanto para os produtores quanto para a economia local.
A diversidade cultural, ambiental, de solos e de clima do estado é um grande atrativo para o cultivo de qualidade. A nova lei incentiva a utilização das particularidades regionais para agregar valor ao produto.
Além disso, o governo se compromete a adequar políticas públicas às especificidades e diversidades regionais, garantindo que todos os produtores tenham condições favoráveis para desenvolver suas atividades. Um dos pontos-chave da nova legislação é o estímulo ao investimento produtivo voltado para atender as demandas do mercado de cacau especial e de qualidade, com tecnologias que aprimorem a qualidade do produto.
É prevista ainda, a criação de associações, cooperativas e entidades para fortalecer a união dos produtores de alta qualidade e fornecer suporte técnico necessário.
Entre as ações de investimento estão: a distribuição de calcário para melhoria dos solos e a realização de concursos que comprovam a qualidade do produto para impulsionar a reputação do cacau, com produtores do estado já venceram disputas nacionais com amêndoas de excelência, gerando agregação de valor. Em 2023, Rondônia recebeu o registro de Indicação Geográfica em amêndoas de cacau produzidas no estado.
Esse reconhecimento, concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), é uma prova da qualidade e do sabor do cacau rondoniense. O estado também foi inserido na Rota do Cacau, programa do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, que busca fortalecer a cadeia produtiva.
Com a nova lei e os investimentos realizados, o estado está se posicionando no mercado de chocolates finos e buscando novas oportunidades de negócio. A valorização do cacau e o acesso a novos mercados são fundamentais para o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva.

Renascer: novela mostra novo conceito na produção de cacau
A novela “Renascer” da Globo, que teve sua primeira estreia em 1993, está prestes a ganhar um remake. A trama escrita por Bruno Luperi, começa a ser exibida no dia 22 de janeiro e traz um novo olhar sobre a produção de cacau na Bahia, promovendo um debate sobre a relação entre a atividade e a natureza. A trama aborda questões como a preservação ambiental, o uso de agrotóxicos, a valorização da cultura local e a busca por práticas sustentáveis na produção de cacau.
A novela retrata a história de uma família de produtores de cacau na região cacaueira da Bahia. Ao longo da trama, são abordados os desafios enfrentados pelos produtores, como a degradação ambiental, a perda da biodiversidade e os impactos negativos do uso incorreto de defensivos agrícolas.
Com o enredo, a novela busca conscientizar o público sobre a importância de uma produção da cultura mais sustentável e em harmonia com a natureza, destacando a necessidade de preservação ambiental e de práticas agrícolas responsáveis.
Os capítulos com seus personagens e história exploram o potencial do cacau como uma cultura que pode ser desenvolvida de forma sustentável e valorizando a cultura local, trazendo a relação direta entre a produção do fruto e a natureza.