Em março de 2025, os preços da indústria registraram queda de 0,62% em relação a fevereiro, influenciando assim no índice de preços ao produtor.
Das 24 atividades industriais analisadas, 10 apresentaram redução nos preços. No acumulado do ano, a variação foi de -0,59%, enquanto a taxa em 12 meses atingiu 8,37%. No mesmo mês de 2024, o IPP havia marcado alta de 0,35%.
Índice de preços ao produtor

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) acompanha os valores de saída dos produtos industriais, desconsiderando impostos e fretes, abrangendo as indústrias extrativas e de transformação, além das grandes categorias econômicas.
Na passagem de fevereiro para março, o índice geral recuou 0,62%, ante a queda de 0,12% no mês anterior. Dez das 24 atividades industriais apresentaram retração nos preços, enquanto em fevereiro esse número havia sido de 12.
As maiores variações foram observadas nas seguintes atividades: indústrias extrativas (-3,61%), impressão (2,15%), metalurgia (-1,96%) e madeira (-1,94%).
Na composição do resultado geral de março, os alimentos tiveram o maior impacto, respondendo por -0,34 ponto percentual (p.p.) da variação total. Também exerceram influência significativa as indústrias extrativas (-0,16 p.p.), metalurgia (-0,13 p.p.) e o setor de refino de petróleo e biocombustíveis (-0,06 p.p.).
No acumulado de janeiro a março, a indústria apresentou retração de 0,59%. As maiores quedas foram registradas em indústrias extrativas (-8,26%), metalurgia (-4,50%) e madeira (-3,45%), enquanto outros produtos químicos subiram 4,16%.
Em termos de contribuição para o índice geral, destacaram-se os setores de alimentos (-0,77 p.p.), indústrias extrativas (-0,40 p.p.), outros produtos químicos (0,33 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (0,32 p.p.).
Na comparação interanual, os preços da indústria cresceram 8,37% em março de 2025 frente ao mesmo mês de 2024. As maiores elevações ocorreram em metalurgia (18,17%), outros produtos químicos (14,21%), fumo (13,21%) e outros equipamentos de transporte (13,13%). As maiores influências vieram de alimentos (3,11 p.p.), outros produtos químicos (1,11 p.p.), metalurgia (1,11 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (0,84 p.p.).
Grandes categorias

Já entre as grandes categorias econômicas, a variação mensal foi distribuída da seguinte forma: alta de 0,10% em bens de capital; queda de 0,84% em bens intermediários; e recuo de 0,44% nos bens de consumo, com destaque para a redução de 0,50% nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e de 0,11% nos duráveis.
No impacto sobre o índice geral de março, bens intermediários exerceram a maior influência negativa (-0,46 p.p.), refletindo seu peso de 54,95% no IPP. Bens de consumo contribuíram com -0,16 p.p., divididos entre -0,01 p.p. dos duráveis e -0,16 p.p. dos semiduráveis e não duráveis. Já bens de capital tiveram contribuição residual positiva de 0,01 p.p.
No acumulado do ano, os bens de capital registraram leve queda de 0,06%, os bens intermediários recuaram 1,10% e os bens de consumo avançaram 0,07% — com alta de 1,27% nos duráveis e retração de 0,15% nos semiduráveis e não duráveis.
As influências acumuladas ficaram em 0,00 p.p. para bens de capital, -0,61 p.p. para bens intermediários e 0,03 p.p. para bens de consumo, sendo 0,07 p.p. oriundos dos duráveis e -0,05 p.p. dos demais.