O sucesso do “morango do amor”, sobremesa que virou febre em feiras e redes sociais, valorizou uma cadeia produtiva que em grande parte tem a força dos pequenos agricultores como base.
A produção de morango no Brasil cresce ano após ano, puxada principalmente por produtores familiares que veem na fruta uma alternativa de renda estável e lucrativa.
A sobremesa que está sendo bastante comercializada no país, consiste em um morango fresco envolto por brigadeiro branco e coberto por caramelo vermelho, este último ingrediente é o que dá nome ao doce, numa referência à tradicional maçã do amor, presente nas festas juninas.
Morango do amor

Com cerca de 5 mil hectares cultivados, o Brasil colhe aproximadamente 200 mil toneladas de morangos por ano, segundo dados da Embrapa. Minas Gerais e Paraná lideram a produção, com destaque para regiões onde o cultivo é feito em pequenas propriedades, muitas vezes com mão de obra familiar.
O clima ameno das regiões Sul e Sudeste, aliado ao avanço de tecnologias como o cultivo protegido e o uso de estufas, tem contribuído para aumentar a produtividade e a qualidade da fruta.
Mais do que um produto sazonal, o morango tem se consolidado como uma cultura estratégica para a agricultura de base familiar. Além de permitir a diversificação da produção em pequenas áreas, a fruta garante bom retorno econômico ao longo do ano.
Em várias regiões, o cultivo é organizado por meio de cooperativas e associações, que ajudam a escoar a produção e a melhorar o acesso a mercados locais e regionais.
Produção mundial

De acordo com a FAO, em 2021 a produção mundial de morangos foi de mais de 9 milhões de toneladas, com cerca de 390 mil hectares cultivados. Embora o Brasil ocupe a 17ª posição no ranking global, o crescimento do setor aqui tem uma característica marcante, a força das pequenas propriedades.
O recente morango coberto com chocolate branca e caramelo vermelho, que popularizou o termo “morango do amor” aumentou a visibilidade da fruta e a demanda no mercado interno.
Para muitos agricultores familiares, o novo marco pode representar uma oportunidade de ampliar a renda e conquistar novos canais de comercialização, como feiras, confeitarias artesanais e vendas online.