A produção brasileira de café em 2025 está estimada em 56,5 milhões de sacas de 60 quilos, de acordo com o 4º Levantamento de Café divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Apesar de o ciclo atual ser marcado pela bienalidade negativa, quando a planta apresenta menor potencial produtivo, o volume representa o terceiro maior resultado da série histórica da estatal.
O desempenho fica atrás apenas das safras de 2020 e 2018, ambas de bienalidade positiva, e indica crescimento de 4,3% em relação a 2024.
Produção brasileira de café

Com base na Conab, o resultado decorre da combinação entre a redução de 1,2% na área em produção, estimada em 1,85 milhão de hectares, e o avanço da produtividade média nacional, projetada em 30,4 sacas por hectare. O ganho de rendimento está associado, principalmente, ao bom desempenho das lavouras de café conilon ao longo do ciclo.
A produção de conilon em 2025 é estimada em 20,8 milhões de sacas, alcançando um novo recorde na série histórica da Conab. O volume supera o registrado em 2022, quando a colheita foi de 18,2 milhões de sacas, e representa crescimento de 42,1% em comparação com a safra anterior.
No Espírito Santo, principal produtor nacional de conilon, a colheita deve atingir 14,2 milhões de sacas, alta de 43,8% em relação a 2024. A Bahia registra avanço ainda mais expressivo, com produção estimada em 3,29 milhões de sacas, aumento de 68,7%. Em Rondônia, a safra deve chegar a 2,32 milhões de sacas, crescimento de 10,8% na comparação anual.
Já o café arábica apresenta retração nesta safra, influenciado pela bienalidade negativa e por períodos de escassez de chuvas ao longo do ciclo produtivo. A área em produção da espécie caiu 1,5%, alcançando 1,49 milhão de hectares.
Maior produtor de café e comércio exterior

Minas Gerais, maior produtor de café do país, encerrou a colheita em setembro com produção de 25,17 milhões de sacas de arábica, redução de 9,2% em relação ao ano anterior.
No comércio exterior, o Brasil exportou cerca de 34,2 milhões de sacas de café entre janeiro e outubro de 2025, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
O volume representa queda de 17,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, reflexo principalmente da redução dos estoques internos no início do ano, após o recorde de embarques em 2024, quando foram exportadas 50,5 milhões de sacas.
Apesar da queda no volume, a receita com as exportações avançou. No acumulado dos dez primeiros meses de 2025, as vendas externas de café somaram US$ 12,9 bilhões, superando o valor exportado ao longo de todo o ano de 2024.







