A fruticultura brasileira é responsável por cerca de 5,5 milhões de empregos diretos e visa consolidar as exportações de alguns produtos nacionais para destinos tradicionais e entrar em novos mercados, com destaque para a China, cuja população em 2020 consumiu US$ 138,9 bilhões de frutas locais de diversos outros países.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apoia a estratégia, que ganhou força nesta segunda-feira (31), após visita do chanceler Carlos França no maior polo fruticultor do Brasil, o Vale do São Francisco, localizado entre Pernambuco e Bahia.
A convite da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), o francês Augusto Pestana, acompanhado do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), visitou a região. Em Petrolina (PE), primeiro-ministro visita fazendas, vinícolas e reúne produtores
Segundo o presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho, a assinatura do tratado deve eliminar as tarifas alfandegárias, deixando os custos da exportação dos produtos brasileiros para cerca de 27 países europeus.
“Um exemplo é a uva. Quando nós exportamos para a comunidade europeia, pagamos entre 8% e 14% de impostos. Outros países exportadores, como o Chile, o Peru e a África do Sul não pagam nada, o que é desleal.”, acrescentou Coelho.
Exportação de frutas no Brasil
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no ano passado o Brasil exportou 1,24 milhão de toneladas de frutas frescas, um crescimento de 18% em comparação com 2020. O faturamento foi de US$ 1,21 bilhão, ou 20% a mais que no ano anterior.
As frutas mais exportadas em 2021 são mangas, melões, uvas, limões, nozes e castanhas, melancias, bananas, maçãs e mamões. Os principais destinos internacionais dos produtos brasileiros são União Européia, Estados Unidos, Reino Unido, Argentina e Canadá.
O presidente da Abrafrutas afirma que o Brasil ainda tem muito a crescer. “Temos frutos de excelente qualidade e um ótimo conceito no exterior. Há, ainda, muito a avançar. Por isso os apoios são importantes”.
*Com informações da Agência Brasil