O melhoramento genético é um tema cada vez mais recorrente no dia-a-dia do agronegócio e tem acontecido em razão dos avanços tecnológicos. Atualmente, as técnicas de melhoramento genético entre as mais utilizada no desenvolvimento de cultivares.
A intenção por trás desta tecnologia é gerar mais qualidade e produzir em maior escala, mas apesar de ser estar sendo usado cada vez mais, o tema ainda é cercado de dúvidas. Compensa ou não investir no melhoramento genético de sementes?
Denomina-se como transgenia a produção de organismos geneticamente modificados. Estas modificações genéticas são aplicadas para melhorar os cultivos, fazendo com que algumas características sejam desenvolvidas e outras conservadas.
Por que investir em melhoramento genético?
A engenharia genética e a biotecnologia surgiram para resolver problemas urgentes que surgem em decorrência de fatores externos, tais como as mudanças climáticas. Outro ponto beneficiado com essas tecnologias dizem respeito à sustentabilidade e a produção de alimentos como forma de combate à desnutrição e aumento populacional.
No começo desta prática haviam muitas duvidas quanto aos efeito que estes alimentos poderiam ter no organismo do consumidor e com as perdas nutricionais, entretanto esses questionamentos ficaram no passado. Hoje, entre os principais benefícios do melhoramento genético, podemos citar:
• Resistência maior das plantas contra pragas;
• Menos uso de defensivos agrícolas;
• Melhor adaptação aos diversos cenários climáticos e às diferentes regiões de plantio (solo, clima, pragas recorrentes, etc);
• Sementes com mais qualidade;
• Maiores níveis de produtividade na lavoura;
• Menos necessidade de água.
Antes de optar por sementes geneticamente modificadas, é preciso que o agricultor coloque na balança os prós e contras, as vantagens e as desvantagem do uso. Para tornar o entendimento mais fácil, vamos segmentar estas vantagens e desvantagens em três pontos importantes: mercado, produtor e consumidor.
Vantagens
As vantagens para o mercado, é que os produtos possuem um prazo de validade maior para serem comercializados. Para o produtor rural as plantas se tornam mais resistentes ao ataque de pragas, doenças e mudanças climáticas, desta forma o uso de defensivos químicos, inseticidas e pesticidas é menor, diminuindo os danos ao meio ambiente e os custos de produção.
Quanto às vantagens para o consumidor, podemos citar o melhoramento dos níveis nutricionais dos alimentos, alteração do sabor e, em alguns casos, a alteração no tamanho de algumas espécies.
Desvantagens
Entre as desvantagens de mercado temos a situação de que nem todos os laboratórios tem a sua disposição os equipamentos necessários para fazer as alterações genéticas, bem como profissionais capacitados e aptos à manipular as sementes da forma certa. Para os produtores a maior resistência às pragas também pode ser uma desvantagem, isto porque a população de insetos benéficos para a planta pode ser afetada, fazendo com que não haja um equilíbrio ecológico na lavoura.
Em relação às desvantagens para o consumidor existe a possibilidade destes alimentos causarem reações alérgicas e tornar os consumidor mais resistente à ação de antibióticos.
Em todo caso, vale chamar a atenção do produtor para o fato de que a tecnologia está em constante evolução e aperfeiçoamento. O setor do agronegócio está em expansão, interferindo e impactando diretamente na economia do Brasil e se adaptando às novidades de acordo com as demandas que vão surgindo.
Entretanto, cabe ao produtor rural decidir que o melhoramento genético é o melhor caminho a seguir em sua propriedade rural, a partir da análise de benefícios, pros e contras.
*Com informações do Portal Athenas Agrícolas