A recuperação de áreas degradadas e o mapeamento detalhado dos solos brasileiros estão no centro das iniciativas destacadas nesta sexta-feira (5), quando se celebra o Dia Mundial do Solo.
A data, criada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), reforça a urgência de cuidados com um recurso fundamental para a produção de alimentos e para a qualidade ambiental. Neste ano, o tema definido foi “Solos saudáveis para cidades saudáveis”.
Recuperação de áreas degradas mapeamento de solos

O país tem investido em frentes que unem assistência técnica, pesquisa e organização de dados sobre o território. Uma delas é o Solo Vivo, lançado em 2025 para apoiar agricultores familiares na recuperação de áreas degradadas.
A primeira fase ocorre em Mato Grosso e no Amapá, com orientação para manejo, correção e melhoria da fertilidade dos solos.
Outra iniciativa de grande escala é o PronaSolos, coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que pretende mapear, interpretar e documentar os solos do país com precisão inédita.
Atualmente, menos de 5% do território brasileiro conta com levantamentos detalhados, segundo a Embrapa. O objetivo é que todo o Brasil esteja mapeado até 2048 em escalas que variam de 1:25.000 a 1:100.000, permitindo uso mais eficiente e sustentável da terra.

No campo da produtividade agrícola, o programa Caminho Verde Brasil busca incentivar práticas de restauração ambiental como forma de fortalecer a produção de alimentos e reduzir a vulnerabilidade de áreas degradadas.
Os dados globais reforçam a urgência dessas ações, a FAO estima que 33% dos solos do planeta estejam degradados e que 95% dos alimentos dependam diretamente deles. A falta de nutrientes no solo já afeta cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo.
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