De acordo com a estimativa de produção de grão divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a projeção para a colheita da safra 2021/22 é de 270,2 milhões de toneladas. Este volume representa uma alta de 0,3% em relação ao ciclo anterior. Os dados apresentados fazem referência ao 8º levantamento da safra de grãos 2021/22 e foi divulgado nesta quinta-feira (12/5).
A alta é justificado pelo aumento de áreas destinadas ao plantio de soja, bem como do melhor desenvolvimento no final do ciclo das lavouras, principalmente em relação ao arroz, milho e oleaginosas. Trazendo como referência o último ciclo, que chegou a colher 255,5 milhões de toneladas, o aumento atinge 14,65 milhões de toneladas, representando assim elevação de 5,7%.
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Nas lavouras de milho, a nova estimativa é de que sejam produzidos um total de 114,58 milhões de toneladas. Para a primeira safra do cereal, a previsão é de que sejam colhidas 24,67 milhões de toneladas, enquanto na segunda a produção deve ser de 87,69 milhões e, por fim, a terceira estima-se que sejam colhidas 2,21 milhões de toneladas. Mediante às atualizações, a Conab espera que uma forte recuperação na produtividade do grão, em relação à safra 2020/21, além de uma consequente ampliação na colheita.
“A atual safra não irá atingir a produtividade potencial, mas ainda tende a ser uma boa produção principalmente pelas lavouras implantadas mais cedo. No entanto, ainda precisamos ter atenção com o desenvolvimento da cultura. A maior parte do milho semeado se encontra em estágios de desenvolvimento em que o clima é preponderante. Para Mato Grosso e Goiás, há uma tendência de déficit hídrico. Já em Mato Grosso do Sul e no Paraná, a maior preocupação é com o risco de geadas”, comenta o diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas da Conab, Sergio De Zen.
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Expectativas para outras culturas
Outra cultura que tem significativa importância na segunda safra são as lavouras de algodão. Estas, por sua vez, têm apresentado clima favorável para o bom desenvolvimento das fibras e aliado ao ganho de área destinada ao plantio, resulta na produção de 2,82 milhões de toneladas de pluma. Caso as estimativas sejam confirmadas, este será o segundo maior volume já registrado na história, apresentando uma produção cerca de 19,5% maior do que na última safra e menor, apenas, do que o registrado no ciclo 2019/20.
Em relação ao feijão, a expectativa de uma boa segunda safra vem se confirmando dia após dia. O clima mais favorável contribui para que os grãos tenham um melhor rendimento, em grande parte das regiões produtoras, o que faz com que haja uma expectativa de colheita em torno de 1,4 milhão de toneladas. Fazendo o comparativo com a safra 2020/21, representa um aumento de 23,3%.
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Já as culturas de primeira safra, a soja já apresenta cerca de 95% da sua área colhida. Em relação a produção, estima-se colheita de 123,8 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 10,4% em relação à safra anterior. No caso do arroz, a colheita atinge 91% da área. A Conab estima que o a produção de arroz no Brasil seja de 10,7 milhões de toneladas, o que significa uma queda de 9,1% em relação ao volume produzido na safra passada. A redução registrada para estes grãos neste ciclo é explicada pela estiagem registrada nos estados do Sul do país e em parte do Mato Grosso do Sul entre o fim de 2021 e início deste ano.