Durante a apresentação do Plano Safra 2025/2026, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, classificou como “inadmissível” a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano.
Segundo ele, o patamar compromete a viabilidade de políticas públicas de incentivo ao setor.
Selic em 15%

A Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela serve como referência para todas as outras taxas de juros praticadas no país, como as de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.
Fávaro ressaltou que a economia brasileira apresenta inflação sob controle, crescimento em torno de 3% ao ano pelo terceiro ciclo consecutivo, redução no desemprego e aumento da renda da população e “com esses indicadores positivos, não vê razão para manter os juros altos”.
Segundo ele, os recursos para o financiamento do plano vêm, em boa parte, da poupança rural, que rende 6% ao ano.
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Comitê de Política Monetária

Atualmente, o Comitê de Política Monetária (Copom), presidido por Gabriel Galípolo, elevou a taxa básica em 0,25 ponto percentual na reunião de junho. Galípolo, indicado pelo próprio governo, votou a favor do aumento. Antes disso, em maio, o Copom já havia promovido uma alta de 0,5 ponto, levando a Selic a 14,75% ao ano.
Esses movimentos sucedem as decisões adotadas ainda sob a liderança de Roberto Campos Neto, quando o Banco Central contratou duas elevações de 1 ponto percentual para os meses de janeiro e março
Ao todo, o Copom já realizou duas reuniões sob a presidência de Galípolo, e sinalizou que poderá encerrar o ciclo de alta em julho, para avaliar os efeitos das medidas adotadas e verificar se o atual nível dos juros é compatível com o controle da inflação.
Com informações da Agência Brasil