O Governo de Goiás, por meio da Agrodefesa, intensificou as ações de resposta ao foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) identificado em Santo Antônio da Barra, no Sudoeste do Estado.
Entre as providências adotadas estão a criação do Centro de Operações de Emergência Zoossanitária (Coezoo), a mobilização de equipes em aproximadamente 180 propriedades, instalação de barreiras sanitárias, controle no deslocamento de aves e materiais avícolas, além da suspensão temporária de eventos com exposição de aves vivas na região.
Influenza Aviária em Goiás

A confirmação do foco ocorreu em 13 de junho, após exames laboratoriais conduzidos pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária. A Agrodefesa, em reação imediata, publicou a Portaria nº 339/2025, formalizando o Coezoo como estrutura coordenadora das ações locais.
Ao todo, foram delimitadas duas áreas de controle: uma zona perifocal de 3 km e outra de vigilância ampliada, com raio de 7 km. Nessas áreas, profissionais da Agrodefesa e parceiros realizam vistorias sanitárias e orientam os produtores locais para detectar rapidamente possíveis novos casos e evitar o avanço da doença.
As ações também envolvem vigilância reforçada sobre o transporte de aves e produtos relacionados, aplicação de barreiras sanitárias e a interrupção temporária de feiras com aves. Rafael Vieira, diretor de Defesa Agropecuária e responsável pelo Coezoo, afirma que todas as medidas seguem os padrões previstos no Plano de Contingência da Influenza Aviária, respeitando diretrizes nacionais e internacionais.
Identificação
A notificação do caso ocorreu em 9 de junho, quando foi relatada a morte de cerca de 100 galinhas em uma pequena propriedade.
As aves apresentaram sintomas como prostração, secreções nasais, asas caídas, dificuldades respiratórias, diarreia, edemas na face e outros sinais clínicos. A Agrodefesa isolou a propriedade em até 12 horas após o alerta e realizou coleta de amostras conforme os protocolos do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA).
Recomendações

A gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Denise Toledo, esclarece que o consumo de carne de frango e ovos segue seguro, sem risco de contágio por meio da alimentação.
Ela orienta que a população fique atenta a sinais clínicos da doença em aves, como espirros, secreções nasais, hematomas nas pernas e músculos, inchaço nas articulações e alterações na cor da crista e barbela.
Também podem ocorrer descoordenação motora, andar em círculos, desidratação e redução na produção ou qualidade dos ovos. Suspeitas devem ser comunicadas imediatamente pelo WhatsApp (62) 98164-1128.