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Técnicas para reduzir efeitos do calor nas frutas protege produtividade

Pesquisa da Embrapa recomenda ações como sombreamento e cobertura para prevenir prejuízos como o abortamento dos botões florais que dariam origem aos frutos.

Por Janaina Honorato
Publicado em 28/11/2023 às 18:50
Para combater o calor, somente suplementação de água não resolve.

Para combater o calor, somente suplementação de água não resolve. Foto: Magna Moura/Embrapa Semiárido

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O excesso de calor registrado nos últimos meses provoca fortes impactos sobre as plantas, principalmente nas frutas, que pode causar o abortamento dos botões florais que dariam origem aos frutos ou queimar aqueles que já se encontram em fase de amadurecimento. Além disso, pode reduzir as trocas gasosas e afetar a produtividade das culturas.

Segundo pesquisa da Embrapa Semiárido (PE), somente aumentar o fornecimento de água alivia, mas não resolve o problema. O estudo analisou o comportamento de espécies vegetais em uma das áreas mais quentes do País: o Semiárido, em sua maior parte localizada no interior da Região Nordeste.

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Estudos indicam que a cobertura favorece o processo de fotossíntese.
Estudos indicam que a cobertura favorece o processo de fotossíntese. Foto: Magna Moura/Embrapa Semiárido

Pesquisa sobre os efeitos do calor em plantas frutíferas

Em um dia ensolarado e sem nuvens, o aumento da radiação solar é acompanhado do aumento da temperatura do solo e do ar e, consequentemente, da diminuição da umidade relativa do ar. Isso aumenta a velocidade de perda de água pelas folhas, que nem sempre pode ser acompanhada pela velocidade de reposição, levando à desidratação.

Os pesquisadores Magna Moura, Saulo Aidar e Agnaldo Rodrigues esclarecem que, os impactos dependem de vários fatores, entre eles a fase fenológica em que a planta se encontra. Experimentos mostraram que telas de sombreamento protegendo as culturas têm ajudado a mitigar os efeitos do calor.

No cultivo de macieiras, a técnica comprovou que o uso dessa estrutura no pomar trouxe maior desempenho fotossintético comparado ao ambiente a pleno sol.

“Em determinadas épocas do ano, a radiação solar na região é naturalmente excessiva para a fotossíntese de algumas culturas agrícolas, e pode impactar o desempenho fisiológico não somente pela quantidade de energia luminosa, mas também devido ao aquecimento excessivo do ambiente nos horários próximos do meio-dia”, ressalta Magna Moura.

No meloeiro amarelo híbrido, cultivado com irrigação e sob sol pleno, mostrou que as trocas gasosas nas folhas diminuíram progressivamente ao longo da manhã. Nesta condição, a fotossíntese alcançou os menores valores após as 13 horas, quando a temperatura da folha apresentava os maiores valores registrados (em torno de 36,7 ºC).

Foi feito um experimento na mesma área de cultivo de melão, usando cobertura agrotêxtil branca. O resultado foi uma maior abertura dos estômatos ao longo do dia, o que permitiu maior transpiração e, consequentemente, menor aquecimento das folhas. A ferramenta promoveu um microclima mais favorável para o desempenho fisiológico das plantas, mitigando o estresse térmico na cultura, com produtividade 35,15% maior do que na condição de cultivo a pleno sol.

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Sombreamento proporciona microclima que melhora desempenho de frutíferas.
Sombreamento proporciona microclima que melhora desempenho de frutíferas. Foto: Magna Moura/Embrapa Semiárido

Efeito do ambiente em frutíferas

Na videira, em um dia de calor extremo, os pesquisadores observaram um aumento de aproximadamente 8 ºC na temperatura das folhas. As medições foram feitas por meio de imagens térmicas desde os primeiros horários da manhã, quando as temperaturas são menores, até depois do meio-dia, quando ocorrem os maiores valores.

Nas avaliações com a variedade de uva de mesa BRS Melodia, o fechamento dos estômatos foi de 35,5%, provocando diminuição de 47% da capacidade das plantas de realizar a fotossíntese. As mudanças na temperatura e umidade do ar causaram aumento da transpiração foliar, em torno de 8%. Isso, no entanto, não foi suficiente para manter o resfriamento das folhas, cujas temperaturas aumentaram de 34,4 ºC para 40,7 ºC.

Em folhas de mangueira foi verificada diferença de aproximadamente 9 °C entre os lados de sombra e de sol, em medição realizada também por volta das 13 horas. Estudos realizados na região do Vale do São Francisco mostram que a variedade Palmer, em fase de florescimento, diminuíram 13,7% da fotossíntese, com o aumento da temperatura da folha de 31,3 ºC para 34,8 ºC, entre os horários de 9h50 e 11h50.

Manejo e monitoramento permanente

Apesar de as variações agrometeorológicas nesta primavera de 2023 alcançarem valores de temperatura do ar acima da média, é importante considerar que condições de estresse térmico e oxidativo podem estar presentes em vários períodos do ano, especialmente em regiões quentes.

Além de ajustar a irrigação, considerando, ainda, que nesses períodos a taxa de evaporação de água do solo também é maior, outras medidas também podem ser adotadas, a depender da cultura, para minimizar os efeitos das altas temperaturas nas plantas. Para não diminuir o desempenho fisiológico e a produtividade das plantas, o fruticultor precisa melhorar o manejo nessas condições, oferecendo técnicas de sombreamento e cobertura do solo e/ou das plantas.

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Tags: águacalorcoberturaEmbrapa SemiáridofotossínteseFrutasfruticulturaprodutividadereduçãosombreamentotécnicas

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