O período de vazio sanitário da soja em Goiás chega ao fim nesta quarta-feira (24). A medida, que começou em 27 de junho e durou 90 dias, impede a presença de plantas vivas no campo, buscando reduzir a incidência inicial da ferrugem asiática, doença que representa uma das maiores ameaças à cultura no país.
Segundo a Instrução Normativa nº 6/2024 da Agrodefesa, a partir de 25 de setembro de 2025, os produtores poderão iniciar a semeadura, que deve ser concluída até 2 de janeiro de 2026.
Vazio sanitário da soja

O presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), José Ricardo Caixeta Ramos, reforça que o cumprimento das regras é essencial para manter a saúde das lavouras e garantir produtividade.
Além das datas de plantio, o calendário oficial estabelece a obrigatoriedade do cadastro das lavouras no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago).
O registro deve ser feito em até 15 dias após o encerramento do período de semeadura, ou seja, até 17 de janeiro de 2026, incluindo informações sobre área plantada, tipo de cultivo, data de plantio, previsão de colheita, coordenadas geográficas e dados sobre a semente utilizada.
O coordenador do Programa de Soja da Agrodefesa, Mário Sérgio de Oliveira, destaca que o calendário é fruto de um consenso técnico entre órgãos de pesquisa, setor produtivo e fiscalização agropecuária e que “seguir as datas e registrar as lavouras permite monitorar áreas de cultivo e atuar de forma mais eficaz contra pragas e doenças”.

A ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, se espalha pelo vento e sobrevive em plantas voluntárias de soja, tornando o vazio sanitário uma estratégia crucial para reduzir o inóculo inicial e proteger as lavouras da próxima safra.