A Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) propôs ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), nesta terça-feira (7/2), retomar o crescimento percentual da mistura do biodiesel no óleo diesel.
A ideia é que passe dos 10% atuais para 12% em março de de 2023, com alta gradual até 15% em março de 2024.
O ministro do Mapa, Carlos Fávaro, afirmou que a pasta apoiará a matriz energética sustentável para fortalecer a economia verde e a bioeconomia brasileira.
Segundo ele, a iniciativa gera oportunidades e além disso, dilui o preço na formação dos alimentos para os animais com a destinação do óleo de soja e consequentemente, o valor do farelo fica mais barato na produção de ração e na ponta final, as carnes também ficam mais acessíveis.
A definição sobre as mudanças na mistura deve ser aprovada no Conselho Nacional de Politica Energética (CNPE), do qual o Ministério da Agricultura e Pecuária faz parte.
Outros produtos além do biodiesel
O diretor do Conselho de Administração da Aprobio, Erasmo Carlos Battistella, também propôs ao ministro a criação de programa nacional para fomentar a produção de biocombustíveis como o diesel verde e o bioquerosene.
O Biodiesel
O biodiesel é um combustível derivado de óleos vegetais extraídos da soja, algodão, canola, dendê, entre outras. A maior parte da produção brasileira vem da soja.
Além disso, é fabricado também a partir de gorduras animais, como: sebo bovino, óleos de peixe, óleo de mocotó, banha de porco, gordura de galinha e óleos residuais de frituras. Apenas 20% da produção do Brasil é derivada de gorduras animais.