Um acordo foi assinado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com o objetivo de apoiar uma cooperação técnica para realização de um estudo para estabelecer um incentivo à redução de emissões de carbono da pecuária bovina brasileira.
Um dos principais objetivos do estudo será elaborar uma calculadora de análise de ciclo de vida, o método leva em consideração toda a cadeia de produção, desde os insumos utilizados na produção até o consumidor final. Com isso, será possível auxiliar na mensuração e certificação das emissões de carbonos para diferentes modos de produção brasileira de carne e leite.
O outro objetivo é que, a partir deste sistema, sejam propostos mecanismos que estimulem estratégias e modelos de negócios com tecnologias de baixo carbono. Até abril deve ser publicado um edital para selecionar empresas de consultorias e instituições de pesquisas que queiram desenvolver o estudo.
O projeto também ajudará o Brasil a cumprir o chamado Acordo do Metano assinado na COP 26, que estabeleceu um compromisso global de reduzir as emissões de gases em 30% até 2030.

Ministra do Mapa e presidente do Banco Mundial
De acordo com a Ministra Tereza Cristina, que esteve presente na cerimônia virtual da assinatura do acordo, os estudos trarão credibilidade para o setor, aumentando assim a possibilidade de recursos para economia. Ela afirma que para este crescimento é preciso ter base científica.
“O Brasil é o país que tem todas as oportunidades para levar para o mundo toda a mitigação de meio ambiente, nós temos tecnologia, nós temos ciência para isso e nós já fazemos há muito tempo. Mas não adianta dizer que você reduz a emissão, que você mitiga. Você precisa ter alguma coisa baseada em ciência que dê credibilidade para que o Banco possa trazer recursos.”
Também presente na reunião, o presidente do Banco Mundial, Gustavo Montezano, afirmou que este é mais um passo na corrida tecnológica do Brasil para a economia verde. “Precisamos construir essa informação da quantidade de carbono para os grandes e pequenos produtores rurais, porque estamos convencidos de que isso vai ser uma vantagem competitiva para a pecuária brasileira”.