As exportações do agro brasileiro fecharam 2022 com US$ 159 bilhões em faturamento, uma alta de 32% em relação ao ano anterior. Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura e Pecuária, os preços internacionais das commodities agrícolas influenciaram o desempenho.
Com relação aos preços dos produtos exportados pelo agronegócio, os mesmos tiveram um aumento de 22,1% relativo a 2021 e o volume embarcado cresceu 8,1%. Dessa forma, o agronegócio foi responsável, sozinho, 47,6% do total exportado pelo Brasil em 2022.
O significativo crescimento é justificado, também, pelo aumento da produção da safra de grãos 2021/2022, que alcançou 271,4 milhões de toneladas. As principais culturas foram o milho, com quase 113 milhões de toneladas e soja, com 126 milhões de toneladas de grãos.
Os complexos que mais se destacaram em 2022 foram o da soja, com faturamento de US$ 60,95 bilhões, seguido das carnes, com US$ 25,67 bilhões e produtos florestais, com US$ 16,49 bilhões. Cereais, farinhas e preparações registraram US$ 14,46 bilhões em vendas e o complexo sucroalcooleiro, US$ 12,79 bilhões.
Já as importações de produtos do agronegócio atingiram US$ 17,24 bilhões. O resultado é explicado pela alta dos preços médios (+13,8%), já que o volume importado caiu no período analisado (-2,4%).
Exportações do agro brasileiro em dezembro de 2022
Uma análise de dezembro do ano passado aponta que o Brasil faturou US$ 11,32 bilhões no mês, valor esse 15,4% maior que o registrado em dezembro de 2021, quando atingiu US$ 9,81 bilhões.
Os cinco complexos que mais exportaram, foram: cereais, farinhas e preparações, com participação de 19,3%; complexo soja, com 19,2%; carnes, com 16,7%; produtos florestais, com 10,5% e complexo sucroalcooleiro, com participação de 10,4%.
Com relação aos países, a China foi a maior importadora do milho brasileiro, com 1,10 milhão de toneladas. Outros quatro países também importaram o cereal: Irã (750,9 mil toneladas; +41,1%); Espanha (778,3 mil toneladas; +268,9%); Japão (472,9 mil toneladas; +551,6%); e Coreia do Sul (406,4 mil toneladas; +15,6%).