As sobretaxas de 50% impostas pelos Estados Unidos levou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, a afirmar que o Brasil não pedirá novo prazo e que trabalha para resolver a situação até 1º de agosto.
A declaração foi feita nesta terça-feira (15), após reunião com representantes do agronegócio, que discutiram os impactos das medidas adotadas pelo governo norte-americano.
Sobretaxa de 50%

Durante a reunião com o setor do agro, Alckmin reiterou sua crítica às tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump, classificando-as como indevidas, e reforçou o compromisso do governo em buscar a reversão dessas medidas adotadas pelos Estados Unidos.
Mais cedo, o ministro já havia se reunido com líderes do setor produtivo, ocasião em que reafirmou o empenho do governo federal em enfrentar os chamados “tarifaços” impostos por Trump.
Ele lembrou que os primeiros contatos entre o Brasil e os EUA foram iniciados após a elevação das taxas, com sobretaxas de 10% sobre produtos brasileiros e de até 25% sobre aço e alumínio, implementadas em abril deste ano.
Com uma nova tarifa de 50% prevista para entrar em vigor no início de agosto, Alckmin destacou que o governo seguirá em diálogo com autoridades comerciais dos EUA para tentar reverter esse aumento e evitar maiores prejuízos às exportações brasileiras.
“Estamos realizando essa conversa aberta com as entidades representativas do setor para entender as angústias e os anseios. Vamos intensificar a busca por alternativas. O diálogo está aberto da parte brasileira”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária.
Entenda o tarifaço

A tarifa dos EUA (Estados Unidos) de impor um aumento tarifário ao Brasil causou preocupação no agronegócio brasileiro, setor vital para as exportações e com peso relevante nos índices de inflação do país.
A medida, que estabelece uma tarifa de 50%, surpreendeu autoridades brasileiras. No Ministério da Agricultura, técnicos ainda avaliam os possíveis impactos econômicos da nova taxação.
Entre os produtos mais afetados, destacam-se o café e a carne, que devem enfrentar obstáculos adicionais para manter a competitividade no mercado norte-americano.