Entre 7 e 10 de abril, representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), realizaram uma missão técnica em Marrocos e no Egito para encontros voltados ao intercâmbio técnico e à discussão de temas sanitários relacionados ao comércio agrícola.
A missão foi conduzida pelo secretário adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Marcel Moreira, com apoio dos adidos agrícolas nos dois países.
No Marrocos, o grupo manteve reuniões com autoridades locais, incluindo a direção da entidade sanitária ONSSA. Foram discutidos temas ligados à regulamentação sanitária e possibilidades de cooperação técnica. O encontro também abordou a recente autorização para importação de miúdos bovinos brasileiros.
Missão técnica

Além das reuniões institucionais, a agenda incluiu um encontro com representantes do setor privado, promovido pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), com apoio da embaixada brasileira em Rabat, para apresentar características dos produtos exportados pelo Brasil.
No Egito, a delegação foi recebida por autoridades do setor agrícola, incluindo o ministro substituto da Agricultura e Recuperação de Terras.
O encontro tratou do fluxo comercial entre os dois países e dos mecanismos técnicos que sustentam as trocas, como o acordo de equivalência sanitária, que reconhece os sistemas de inspeção agropecuária.
Também foram discutidas iniciativas como a adoção de certificação eletrônica e a possível inclusão de novos produtos agrícolas nas relações bilaterais. O país voltou a ocupar papel de destaque como destino das exportações brasileiras do setor em 2024.
A missão foi encerrada com uma atividade semelhante à realizada no Marrocos, reunindo interlocutores locais do setor agroalimentar, com o objetivo de manter o diálogo sobre exigências de qualidade, segurança sanitária e interesses comerciais mútuos.
Exportações
No início do mês de abril deste ano, o governo brasileiro anunciou duas novas aberturas de mercado que impulsionam o agronegócio nacional, sendo a a exportação de carne bovina e miúdos para o Marrocos e de feijão azuki e caupi para o Peru.
As medidas aprovaram a a proposta brasileira de Certificado Sanitário Internacional, o que permite a entrada da carne bovina brasileira no país.
Com mais de 37 milhões de habitantes, o Marrocos importou mais de US$ 43 milhões em produtos cárneos em 2023, tendo o Brasil como segundo maior fornecedor.