O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) terminou a safra 2023/24 com um lucro líquido 66,6% maior do que na temporada passada, em R$ 152,3 milhões, de acordo com balanço divulgado na última quarta-feira (22) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O número refletiu uma melhora dos resultados operacionais, com o avanço da adoção das variedades mais novas do CTC pelos produtores, e a redução da inadimplência.
A receita líquida cresceu 4,1%, para R$ 382,1 milhões, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida) subiu 28,6%, para R$ 185,8 milhões. Com esse salto, a margem Ebitda cresceu 9,2 pontos percentuais, para 48,6%.
A área de plantio de cana que gerou faturamento para o CTC cresceu 2,4% ante a safra 2022/23, para 1,172 milhão de hectares. Já o valor médio pago pelos royalties cresceu 6,4%, para R$ 335 o hectare.
Avanço na safra 2023/24
A companhia ressaltou que os produtores aumentaram a adoção das variedades mais novas. Do total de variedades do CTC plantadas na safra, 60% foram desenvolvidas após 2020. Houve avanço do uso tanto das variedades convencionais como das transgênicas, cujo plantio cresceu 38%.
No saldo da temporada 2023/24, 30% de todas as variedades de cana plantadas pelos produtores de cana brasileiros foram desenvolvidas pelo CTC, sendo 20% de variedades protegidas.
O desembolso de recursos para pesquisa e desenvolvimento (P&D) cresceu 2,7%, para R$ 205,6 milhões. O valor representou 53,8% da receita do período. O orçamento para P&D vem se mantendo estável em torno de R$ 200 milhões nos últimos anos.
O CTC também acertou no ciclo passado a contratação de um financiamento com a Finep no valor de R$ 180 milhões para financiar mais pesquisas. Com a operação, da qual já foram liquidados R$ 75 milhões, a companhia encerrou a safra com um caixa líquido de R$ 447,1 milhões, um aumento de 18,9% em relação ao encerramento da safra anterior.