Conforme o Balanço da Confederação e Pecuária do Brasil (CNA), o PIB do agronegócio deve crescer até 5% em 2025.
Com base na estimativa, o cenário deve ocorrer por conta do aumento da produção primária agrícola, com destaque para os grãos, além do crescimento da indústria de insumos e da agroindústria exportadora.
Crescimento do PIB do agronegócio
Para a companhia, a estimativa para a safra de grãos 2024/205 é de um recorde de 322,53 milhões de toneladas, uma alta de 8,2% ou 24,6% milhões de toneladas em relação à safra 2023/2024.
Portanto, a projeção reflete em uma pequena elevação na área planta de 1,9% e recuperação na produtividade médica.
Já em outros setores, como na pecuária, a previsão ainda aponta para o crescimento na produção nacional de leite, que deve ser de 1,5% em 2025.
Em contrapartida, na produção de carne bovina, a projeção é de queda de 3,3% devido a virada do ciclo pecuário. Sendo assim, o consumo interno no próximo ano deve ter redução de 1,5%. Porém para as exportações, o resultado deve ser positivo com previsão de aumento de 1,8% no volume embarcado.
Por fim, o Valor Bruto da Produção (VBP), foi estimado em R4 1,34 trilhão representando assim um leve aumento de 0,3% em relação ao ano de 2023.
Nesta ocasião, o cenário deve ser puxado pela receita agrícola de R$ 556,55 bilhões, mesmo com redução projetada em 2,5%.
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Desafios para os produtores rurais brasileiros
Mesmo com os crescimentos significativos, os produtores ainda devem enfrentar cenários externo e interno desafiadores, como a política fiscal, câmbio, fiscal e taxa Selic.
Segundo avaliação da CNA, é esperado a manutenção da taxa da Selic em valores elevados, com projeção de 13,50% ao final do próximo ano, o que deve impactar em juros altos e na dificuldade de concessões de créditos.
A inflação também está entre os desafios, a entidade projeta uma desaceleração nos preços dos alimentos, com alta de 5,75% no próximo ano, comparada com 2024, que foi de 8,94%.
A respeito de crédito e seguro, a CNA ainda acredita que o agro irá precisar se organizar para fortalecer a gestão de riscos a adotar estratégicas eficazes que asseguram a sustentabilidade econômica diante do aumento nos custos de produção.