Desde que Aleksander Lukashenko, mencionado como o “último ditador da Europa”, foi reconduzido para o sexto mandato seguido, em agosto de 2020, como presidente de Belarus, país do Leste Europeu, a região vive em intensa crise política, trazendo consequências locais e globais.
Isto se dá, porque Belarus é responsável por 1/4 da produção mundial de cloreto de potássio – componente utilizado em larga escala para a adubação da terra. A situação já está impactando os custos agrícolas e fazendo com que vários importadores, principalmente os brasileiros, antecipem a compra de fertilizantes, temendo o aumento dos preços do produto.
Como no Brasil há muitos cultivos de cana-de-açúcar e café, caso se confirme a expectativa de redução da oferta de fertilizantes e o aumento do preço, a crise de Belarus pode afetar muitas plantações brasileira diminuindo as produções.
Já no caso dos grãos como soja e milho o que irá acontecer é que o fertilizante ficando mais caro vai reduzir a margem de lucro do produtor rural, e no caso das frutas e hortaliças, o custo maior acabará sendo repassado para o consumidor final, aumentando assim a inflação.
Compra de fertilizantes pelo Brasil
Mesmo Belarus sendo o segundo maior fornecedor de cloreto de potássio para o Brasil, ficando atrás apenas do Canadá, a preocupação dos importadores brasileiros é séria. Só no Paraná foram importados 1 milhão a mais de toneladas de fertilizantes em 2021, em comparação com os primeiros sete meses do ano passado.
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do governo federal, indica que chegaram ao país cerca de 24 milhões de toneladas de fertilizantes de janeiro a agosto, isto é, 17% a mais do que no mesmo período de 2020. A quantidade importada do mês de setembro, inclusive, bateu o recorde histórico, com 4,3 milhões de toneladas.
Via: CNN Brasil