O sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) consiste na recuperação de áreas de pastagens degradadas através de diferentes tipos de produção, tais como grãos, fibras, carne, leite e agroenergia.
A ILPF visa melhorar o índice de fertilidade do solo através da aplicação de técnicas e sistema de plantio apropriado para otimizar e intensificar o uso, permitindo assim uma diversificação das atividades econômicas dentro da propriedade rural, minimizando os riscos de prejuízos decorrentes de adversidades climáticas e por condições de mercado.
Através da Interação Lavoura-Pecuária-Floresta é possível diminuir o uso de agroquímicos e realizar a abertura de novas áreas voltadas para a agropecuária e o passivo ambiental, além de auxiliar para o aumento da biodiversidade e o controle dos processos erosivos. Este sistema possibilita que a cobertura do solo passe por constantes manutenções que, aliadas a práticas conservacionistas, tornam-se uma opção econômica e sustentável que elevam a produtividade das áreas degradadas.
A integração também reduz o uso de agroquímicos, a abertura de novas áreas para fins agropecuários e o passivo ambiental. Possibilita, ao mesmo tempo, o aumento da biodiversidade e do controle dos processos erosivos com a manutenção da cobertura do solo. Aliada a práticas conservacionistas, como o plantio direto, se constitui em uma alternativa econômica e sustentável para elevar a produtividade de áreas degradadas.
Vantagens e desvantagens da aplicação da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
Antes de implantar a ILPF em sua propriedade rural, é preciso analisar os pontos e observar se a propriedade rural está apta e possui o espaço adequado para comportar o sistema.
Vantagens da ILPF
As vantagens da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta dizem respeito a pontos importantes para o produtor rural, meio ambiente e social. Dentre estas vantagens é possível observar:
- Aplicação em propriedades rurais de todos os tamanhos, sejam elas grandes, médias ou pequenas;
- Controle eficiente de pragas, doenças e plantas daninhas;
- Diminuição do uso de agrotóxicos;
- Melhoria nas condições microclimáticas, através da contribuição de componente arbóreo: redução da amplitude térmica, aumento da umidade relativa do ar, diminuição da intensidade dos ventos;
- Aumento do bem-estar animal;
- Conforto térmico para os animais;
- Mitigação do efeito estufa pelo sequestro de carbono especialmente pelos componentes forrageiro e florestal;
- Promoção da biodiversidade;
- Intensa ciclagem de nutrientes;
- Incremento da produção regional de grãos, carne, leite, fibra, madeira e energia;
- Diminuição dos riscos operacionais e de mercado;
- Aumento da cobertura do solo pela palhada proporcionada pelos restos das lavouras e das pastagens;
- Prevenção de perdas erosivas;
- Recuperação de nutrientes lixiviados ou drenados para camadas mais profundas do solo;
- Aceleração do crescimento, em diâmetro, das árvores devido ao maior espaçamento;
- Benefícios diretos e indiretos trazidos pela preservação da biodiversidade, tais como na polinização das culturas;
- Controle da erosão;
- Aumento da porosidade do solo e da infiltração de água para recomposição dos lençóis freáticos.
Desvantagens na aplicação da ILPF
Mesmo com as vantagens apresentadas pela ILPF, existem algumas desvantagens para o produtor rural que deseja implantar o sistema. Veja quais são:
- Enfrentamento do tradicionalismo e resistência de alguns produtores rurais quanto a implantação de novas tecnologias;
- Maior qualificação e dedicação de produtores, gestores, técnicos e colaboradores;
- Alto investimento financeiro;
- Retorno em médio e longo prazo;
- Altos investimentos em infraestrutura;
- Maior complexidade agregando riscos ao sistema.