O Estoque de Cédulas de Produto Rural (CPRs) atingiu R$ 266,91 bilhões em junho deste ano e registrou um aumento de 57% em comparação com o mesmo período do ano passado, que ficou avaliado em R$ 170 bilhões.
O valor foi registrado no Boletim de Finanças Privadas do agro, produzido pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), na qual é atualizado mensalmente conforme o desempenho dos principais instrumentos de captação privada de recursos para o financiamento das cadeiras produtivas do agronegócio.
Estoque de CPRs
Com base no montante, o tíquete médio do estoque de CRPs registrado ficou em R$ 1,64 milhão em julho, sendo assim, 23% inferior ao ano passado. As razões que motivaram a queda, é que em 2023 ficou estabelecido que seja obrigatório o registro de CPR com valor superior a R$ 50 mil, antes o estipulado era acima de R$ 250 mil.
Segundo o coordenador-geral de Instrumentos de Mercado e Financiamento, Jonathas Alencar, a CPR é um dos principais instrumentos de financiamento privado da produção agropecuária brasileira. Além disso, o tíquete médio é uma maneira de se referir a um valor médio, no caso, ao valor médio dos contratos de CPR.
“Com a ampliação da obrigatoriedade de registro para CPR de menor valor o mercado ganha maior transparência, o que permite uma melhor avaliação de risco do produtor rural pelo mercado financeiro, podendo resultar em redução de custos de financiamento ao produtor”, destacou o diretor de Política de Financiamento ao Setor Agropecuário, Wilson Vaz de Araújo.
Aumento em outras áreas
Além do aumento de CPRs registradas, os estoques de Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) também continuaram crescendo. Somente em julho deste ano, registraram R$ 423,88 bilhões, ultrapassando ao mesmo período de um ano atrás.
Com base na análise da Coordenação de Instrumentos de Mercado e Financiamento (SPA/Mapa), devido ao novo Plano Safra, a exigibilidade para que recursos de LCA sejam aplicados no financiamento do setor agropecuário subiu de 30% para 50%. Com isso, o aumento nas emissões de LCA tem como resultado a maior entrada de recursos financeiros privados no setor.
Já o patrimônio líquido dos Fiagro alcançou R$ 15,4 bilhões, um salto de 170% frente a igual período do ano passado, apesar do leve recuo em relação ao mês anterior.