Em maio de 2025, as exportações do agro brasileiro totalizaram US$ 14,9 bilhões. Embora tenha havido uma queda de 1,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior, o desempenho foi influenciado principalmente pela diminuição de 4,2% no volume embarcado.
Com base nos dados do Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa), a alta de 2,9% nos preços médios dos produtos ajudou a conter maiores perdas, destacando a relevância do setor no comércio exterior do país.
Exportações do agro em maio

Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), entre os destaques estão produtos como suco de frutas, sorvetes, papel, goiaba e batata processada, que registraram os maiores valores de exportação desde o início da série histórica, em 1997.
O suco de frutas, por exemplo, mais que dobrou em valor, subindo de US$ 11,3 milhões em maio de 2024 para US$ 25,5 milhões em 2025. Já as vendas externas de sorvetes aumentaram de US$ 3,6 milhões para US$ 6,4 milhões no mesmo período, enquanto a goiaba exportada chegou a US$ 278 mil, o dobro do registrado no ano anterior.
Também se destacou a celulose, com recordes tanto em valor (US$ 981,5 milhões) quanto em volume (2,1 milhões de toneladas). A China, principal mercado comprador, ampliou suas aquisições em cerca de 60%.
No segmento de carnes, a exportação de carne suína in natura cresceu 30,6%, totalizando US$ 274,4 milhões em maio de 2025. A demanda foi impulsionada principalmente por países como Filipinas, Chile, Japão e Cingapura.
Outros produtos como óleo de amendoim, manteiga de cacau e sebo bovino também apresentaram resultados recordes para o mês, sinalizando um maior aproveitamento de nichos pouco explorados. O óleo de amendoim, por exemplo, teve um aumento de 125% em comparação com o mesmo período de 2024, atingindo US$ 30,1 milhões.
Influenza aviária

A detecção do primeiro caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial no Brasil, em 15 de maio, no Rio Grande do Sul, teve impacto limitado sobre as exportações de carne de frango.
Com a medida das autoridades sanitárias e a comunicação com os parceiros comerciais, foi possível mitigar os possíveis prejuízos.
No mesmo mês, o Brasil anunciou a abertura de 25 novos mercados, acumulando 381 acessos desde o início de 2023.
Por fim, setores consolidados, como o florestal e o sucroalcooleiro, continuam com desempenho expressivo. A redução nas exportações de açúcar foi parcialmente compensada pelo aumento das vendas para mercados como a China, que cresceu 354% nesse item.