O Governo Federal publicou uma medida provisória autorizando a importação de arroz para recomposição dos estaques públicos. A iniciativa visa o enfrentamento das consequências sociais e econômicos decorrentes das enchentes no estado do Rio Grande do Sul.
Na ocasião, a importação será da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e poderá ser importada até um milhão de tonelada.
Importação de arroz

A decisão foi tomada devido ao alto volume de chuvas na região Sul, afetando a produção gaúcha, no qual é responsável por aproximadamente 68% do arroz produzido no Brasil.
Dessa forma, o objetivo é evitar a especulação financeira e estabilizar o preço do produto nos mercados de todo o país. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ainda reforçou que o intuito visa evitar alta nos preços e que o arroz importado não irá concorrer com os agricultores brasileiros, pois o produto comprado no comércio externo deve ser repassado apenas para os pequenos mercados.
“Neste momento, a medida vem para evitar qualquer especulação com o preço do arroz. Também já conversei com os produtores para deixar claro que não é para concorrer com o nosso arroz, até porque os produtores já têm para suprir a demanda nacional, porém, tem dificuldade logística. Com a dificuldade logística para abastecer, vem a especulação. Não queremos qualquer peso no bolso do brasileiro. Queremos estabilidade e comida na mesa”
Portanto, a compra será realizada por meio de leilões públicos a preço de mercados e os estoques serão destinados preferencialmente à venda para pequenos varejistas das regiões metropolitanas, dispensada a utilização de leilões em bolsas de mercadorias ou licitação pública para venda direta.
Enchentes no Rio Grande do Sul

A previsão ainda aponta para esse fim de semana que chuvas devem atingir o estado a partir desta sexta-feira (10), se estendendo até o domingo (12).
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais emitiu um alerta e considerou como “muito alta” a possibilidades de novas ocorrências hidrológicas nas regiões Centro-Oriental, Nordeste, Sudeste e Sudoeste do Rio Grande do Sul.