Entre os dias 8 e 12 de abril pesquisadores da Embrapa irão mapear os viveiros escavados da aquicultura no Paraná. Ao todo, serão mais de 7 mil quilômetros que devem ser analisados.
Um grupo irá investigar a região Oeste, passando por municípios como Londrina e Toledo, enquanto uma segunda equipe parte de Curitiba para a região Leste paranaense, passando entre outros, por São José dos Pinhais e Ponta Grossa.
Já um terceiro grupo percorrerá o Centro do Estado em data ainda que deve ser definida.
Mapeamento dos viveiros escavados
Por meio das imagens captadas por satélites, os profissionais da Embrapa Territorial identificaram mais de 40 mil conjuntos de viveiros escavados no estado. Pela primeira vez, o mapeamento é realizado para 100% dos municípios paranaenses. Em um trabalho anterior, a pesquisa mapeou em cada estado brasileiro apenas os municípios que respondem por 75% da produção aquícola.
“A principal dificuldade do trabalho é separar as estruturas destinadas à produção aquícola dos outros usos”, disse Lucíola Alves Magalhães, chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Territorial.
Para vencer esse desafio, os profissionais estão combinando imagens de diferentes satélites e buscando nas fotografias elementos comumente presentes em áreas de produção aquícola, como aeradores e barracões para armazenagem de rações e equipamentos.
Além disso, os profissionais também estão combinando as informações com dados de órgãos estaduais de licenciamento ambiental e de agências de assistência técnica e extensão rural, além do Cadastro Ambiental Rural (CAR), registro público eletrônico que é obrigatório para todos os imóveis rurais do país.
Produção aquícola
No Paraná, as equipes também vão pela primeira vez a campo para refinar os dados, visitando alguns pontos identificados nas imagens de satélite, para verificar se correspondem a estruturas de produção aquícola.
De acordo com Ágipe Meneguette, presidente do Sistema Faep/Senar-PR, o Paraná é o primeiro produtor nacional de tilápia. Sendo assim, a validação desses pontos é importante para conhecer a situação real da produção estadual e principalmente para ouvir os produtores.
O trabalho faz parte de um projeto de pesquisa que também está mapeando granjas de aves e suínos, com o objetivo de fornecer subsídios para a avaliação da disponibilidade hídrica no estado. A iniciativa ainda visa buscar alternativas para o aproveitamento de resíduos da avicultura, suinocultura e piscicultura.