A proteção dos tubarões ganhou novo fôlego após as decisões adotadas na 20ª Conferência das Partes da CITES, realizada no Uzbequistão.
O Brasil teve papel central nas negociações que ampliaram o controle internacional sobre o comércio dessas espécies e de diversas raias, reforçando medidas voltadas a frear o declínio populacional desses animais.
Proteção dos tubarões

A atuação da delegação contou com apoio técnico do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Sudeste e Sul (Cepsul) e da Coordenação-Geral de Estratégias para Conservação do ICMBio.
O grupo reforçou, ao longo das negociações, a necessidade de frear o declínio dessas espécies, muitas delas pressionadas pela captura excessiva e pelo comércio global de nadadeiras, carne e derivados.
A aprovação das propostas marca um avanço no enfrentamento da crise que atinge tubarões e raias, mais de um terço dessas espécies está ameaçado em escala mundial.

Para conter esse cenário, o Brasil apresentou a inclusão de tubarões do gênero Mustelus, entre eles o caçonete e o canejo e do Galeorhinus galeus, conhecido como cação-bico-de-cristal, no Apêndice II da CITES.
A medida não impede o comércio, mas estabelece regras rígidas, condicionando exportações e importações à comprovação de que a retirada dos animais não prejudica as populações naturais.
Além da própria proposta, o país apoiou um conjunto mais amplo de ações que acrescenta mais de 70 espécies de tubarões e raias a diferentes categorias de proteção.
Com isso, a conferência encerrou-se com um pacote robusto de medidas voltadas à conservação marinha, refletindo a busca por maior controle do comércio internacional e por estratégias que garantam a sobrevivência desses animais fundamentais para o equilíbrio dos oceanos.







