A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) promoveu, nesta sexta-feira (16/12), o leilão de transmissão de energia n° 02/2022 na sede da B3 em São Paulo e obteve investidores para os seis lotes colocados em pregão. O deságio médio, que é a diferença entre o valor real e o nominal do ativo da operação, foi de 38,19% em relação às Receita Anual Permitida (RAP) inicial, que foi estabelecida pela Aneel em R$ 604,064 milhões, trazendo uma economia aos consumidores de energia de R$ 5,795 bilhões, aproximadamente.
As seis empresas vencedoras do leilão serão responsáveis por construir cerca de 710 quilômetros (km) de linhas de transmissão e subestações, com capacidade de transformação de 3.650 mega-volt-ampéres (MVA). Nas subestações conversoras serão 743 km de linhas de transmissão e 2.200 MW. Além disso, espera-se que os empreendimentos gerem cerca de 5.800 empregos durante as construções. O investimento estimado pelas empresas nas redes de energia é de mais de R$ 3,5 bilhões.
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Leilão de transmissão de energia superou as expectativas, disse diretor-geral substituto da Aneel
De acordo com o diretor-geral substituto da Aneel, Hélvio Guerra, já se tinha uma boa expectativa para o leilão, por conta do número de interessados em participar do certame, no entanto, foi superada. “Todos os lotes foram leiloados com uma boa competição, o que demonstra o interesse em investir no desenvolvimento do País. Os deságios altos são a prova de que há o interesse real em contribuir para a modicidade tarifária, que acaba por beneficiar o consumidor final”, pontuou.
A previsão para que o leilão seja homologado pela Aneel é o 21 de fevereiro do próximo ano e a assinatura dos contratos de concessão devem ocorrer no dia 30 de março de 2023.
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Os estados brasileiros que receberão investimentos a partir deste certame são o Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo. Além disso, as empresas vencedoras terão um prazo para conclusão das obras de 42 a 60 meses. Veja abaixo as cinco companhias que devem investir na rede de transmissão em nove estados brasileiros:
- Cemig Geração e Transmissão S.A, em Minas Gerais e Espírito Santo;
- EDP – Energias do Brasil S.A, em Roraima;
- Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A, no Maranhão, Pará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;
- Usina Termelétrica Norte Fluminense S.A, no Rio de Janeiro;
- Consórcio Olympus XIV, em São Paulo.