A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgaram nesta sexta-feira (5) a nova edição da Pesquisa Nacional de Preços da Cesta Básica de Alimentos.
O levantamento, referente ao mês de agosto, mostrou queda no custo do conjunto de itens essenciais em 24 das 27 capitais monitoradas.
Pesquisa Nacional de Preços da Cesta Básica de Alimentos

As reduções mais significativas ocorreram em Maceió (-4,10%), Recife (-4,02%), João Pessoa (-4,00%), Natal (-3,73%), Vitória (-3,12%) e São Luís (-3,06%).
Já São Paulo manteve o maior valor médio do país, com a cesta custando R$ 850,84, seguida por Florianópolis (R$ 823,11), Porto Alegre (R$ 811,14) e Rio de Janeiro (R$ 801,34). Na outra ponta, os menores preços foram registrados em Aracaju (R$ 558,16), Maceió (R$ 596,23), Salvador (R$ 616,23) e Natal (R$ 622,00).
Entre os produtos que mais contribuíram para a redução estão arroz, feijão, carne bovina, batata, tomate, açúcar e café em pó.
O arroz agulhinha, por exemplo, apresentou queda em 25 capitais, com destaque para Macapá (-8,78%) e Florianópolis (-5,79%). O feijão também recuou em praticamente todo o país, com reduções de até -6,99% no Rio de Janeiro. O tomate teve a maior variação, chegando a -26,83% em Brasília.

Apesar da retração mensal, a comparação com agosto de 2024 mostra alta no custo da cesta em todas as 17 capitais com série histórica completa, variando de 3,37% em Belém a 18,01% em Recife. No acumulado de dezembro de 2024 a agosto de 2025, os maiores aumentos foram em Fortaleza (7,32%), Recife (6,93%) e Salvador (5,54%), enquanto Goiânia, Brasília, Vitória e Campo Grande registraram queda.
Com base no valor da cesta mais cara, em São Paulo, o Dieese calculou que o salário mínimo necessário para cobrir alimentação, moradia, saúde, educação e demais despesas em agosto deveria ser de R$ 7.147,91, o equivalente a 4,71 vezes o piso nacional vigente de R$ 1.518,00.
O levantamento também apontou que, em média, o trabalhador precisou de 101 horas e 31 minutos de jornada para adquirir os alimentos básicos, tempo menor do que em julho (103 horas e 40 minutos). Em relação à renda, a compra da cesta consumiu 49,89% do salário mínimo líquido, contra 50,94% no mês anterior.