Um novo passo na relação comercial entre Brasil e China foi dado com a liberação de 183 empresas brasileiras para exportação de café ao mercado chinês.
A informação foi divulgada no sábado (2) pela embaixada da China no Brasil, por meio das redes sociais.
Exportação de café

A autorização entrou em vigor em 30 de julho e pode representar um alívio para o setor cafeeiro nacional, especialmente após a decisão dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de 50% sobre o café brasileiro.
A nova taxa norte-americana começa a valer em 6 de agosto e pode afetar significativamente as vendas, que historicamente é um dos principais destinos do grão brasileiro.
Enquanto os Estados Unidos estão entre os maiores compradores de café, carne bovina e suco de laranja do Brasil, a China lidera como principal parceiro comercial do país em termos gerais.
Com base nos dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), em junho deste ano, o volume exportado de café para os EUA chegou a 440 mil sacas, contra 56 mil destinadas à China.
Entenda sobre o tarifaço

O decreto que eleva para 50% as tarifas de produtos brasileiros, foi assinado nessa quarta-feira (30) pelo presidente Donald Trump. A medida assinada pelo presidente começa a valer no dia 6 de agosto e pode afetar o comércio entre os países.
Com base na estimativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o impacto das novas tarifas pode levar à perde de até US$ 5,8 bilhões ao longo do ano.
Produtos como café, carnes e frutas não foram incluídos na lista de isenções estabelecida pelos Estados Unidos e, portanto, serão submetidos a uma tarifa de 50%.
Um dos setores mais atingidos deve ser o de carne bovina. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) calcula que o prejuízo pode chegar a US$ 1 bilhão.