Está sendo implantado um complexo eólico na região centro-norte da Bahia que poderá gerar energia suficiente para abastecer aproximadamente 1,37 milhão de domicílios.
O empreendimento é um financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 3,16 bilhões.
Complexo eólico na Bahia

De acordo com o BNDES este é o maior volume de recursos financiado pela instituição a um empreendimento de geração de energia renovável. O crédito concedido à empresa Ventos de Santo Antônio Comercializadora de Energia S.A, corresponde a 80% do total a ser investido no projeto, denominado Babilônia Centro
Localizado nos municípios de Morro do Chapéu e Várzea Nova, o Babilônia Centro é resultado de uma joint-ventura, no qual é um acordo entre as empresas, entre a Casa dos Ventos e a ArcelorMittal.
O empreendimento responderá pelo abastecimento de aproximadamente 40% do consumo elétrico da ArcelorMittal no Brasil. Com 123 aerogeradores, capacidade instalada de 553,5 megawatts (MW) e geração de energia estimada em 267 MW médios, o complexo permitirá que a ArcelorMittal Brasil seja autoprodutora de energia por meio do maior contrato corporativo de energia renovável firmado no país.
Além disso, uma rede de média tensão ainda levará a energia produzida pelos aerogeradores à subestação coletora do complexo Babilônia Centro. A partir daí, a conexão com o Sistema Interligado Nacional (SIN) será feita por uma linha de transmissão de aproximadamente 17 km até a subestação Ourolândia II, que já está em operação.
Compromisso com projetos de geração

A operação reforça o compromisso com os projetos de geração renovável de grande escala, na busca de uma matriz energética cada mais sustentável para o Brasil, com produção de energia limpa e estímulo à descarbonização.
A diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, destacou que o Brasil está em uma posição vantajosa em relação ao resto do mundo na transição energética.
Conforme a diretora,, países como Índia e Estados Unidos estão fomentando com incentivos e subsídios a instalação de parques eólicos e solares, o que o Brasil faz há 20 anos.