O cultivo de pescados no Brasil fechou o ano de 2022 com 119,4 mil toneladas, conforme o Boletim da Aquicultura em Águas da União.
Segundo o documento, as toneladas de pescados incluíram peixes, moluscos, mexilhões, ostras, vieiras e algas. O resultado proporcionou um crescimento de 25% em relação ao ano de 2021.
Produção do cultivo de pescados
De acordo com o levantamento divulgado nessa terça-feira (31/10), a produção gerou aproximadamente 22 mil empregos, sendo 4.400 diretos e 17.600 indiretos. Sem contar os contratos que estão vigentes entre a União e aquicultores brasileiros.
A secretária nacional de Aquicultura, Tereza Nelma, destacou que a aquicultura é uma forma de combater à fome.
“Ela representa o futuro no presente e por meio de parceria com entidades públicas e privadas pode abarcar várias frentes no cultivo do pescado em todo o país, afinal o Brasil tem muita água e ela pode ser explorada de forma sustentável”, destacou.
Já a diretora do Departamento de Aquicultura em Águas da União, Juliana Lopes, pontuou que “a evolução foi grande e que estão contando com a participação mais efetiva dos concessionários no repasse dos dados”.
O presidente da Associação Brasileira de Psicultura (PeixeBR), Francisco Medeiros, também destacou sobre a importância da divulgação e afirmou que essas informações ajudam a contribuir nas negociações e tirar dúvidas dos investidores interessados em águas da União.
Confira a espécie dos pescados
A piscicultura em tanques-rede produziu ao todo 109.618,71 toneladas de peixes nos reservatórios de hidrelétricas, representando assim 91,7 % da produção aquícola em águas da União.
A principal espécie produzida foi a tilápia. Já o reservatório que mais produziu peixes foi o de Ilha Solteira, na divisa dos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, com produção de 30,3 mil toneladas em 2022.
A produção de moluscos no mar, incluindo mexilhões, ostras e vieiras, ficou em 9,2 mil toneladas, sendo o estado de Santa Catarina o responsável por cerca de 95% dessa produção.
A produção de algas acumulou 124 toneladas, com destaque para a Kappaphycus alvarezii como a principal espécie utilizada. Essa alga é considerada a matéria-prima para extração de carragena, espessante utilizado na indústria de alimentos.