Desde a última semana o mundo se encontra em constante alerta devido ao possível conflito entre Rússia e Ucrânia. Muitas são as dúvidas que rondam o embate entre as nações, sendo a principal delas as influências que esta guerra pode trazer para o comércio de exportações e importações.
Sendo a Ucrânia o terceiro maior exportador mundial de milho, caso o país seja invadido, haverá grandes consequências no preço do grão. Todavia, o ideal é esperar os próximos capítulos deste conflito, já que quaisquer comentários ou teorias que criarmos agora poderão ser substituídos caso realmente venha a acontecer.
Entretanto, o que podemos fazer agora é analisar os fatos e prever os possíveis impactos, levando em consideração que trata-se de uma invasão no quarto maior produtor e terceiro maior exportador de milho do mundo. Outro ponto importante nesta análise é salientar que a Ucrânia possui grandes vendas programadas para a China.
De acordo com informações de especialistas da área foi “previsto que as cotações atingiriam o seu ápice logo depois do relatório do USDA, que, de fato, ocorreu na quinta-feira, caindo posteriormente. Embora haja colegas analistas que digam que o preço pode subir mais, nós não vemos como isto possa acontecer, nem pelo lado técnico, nem pelo lado fundamental – a menos que o conflito OTAN/Rússia se transforme em vias de fato”.
Com a alta nos preços, os produtores rurais americanos, que visão começar o plantio no próximo mês de maio, tendem a aumentar a área, consequentemente aumentando a produção e os estoques finais do produto. Desta forma, seria natural que os preços apresentassem uma baixa, até mesmo porque atualmente estão bem altos para os compradores finais.
Impactos do conflito entre Rússia e Ucrânia na comercialização de soja
A deflagração de um conflito entre Rússia e Ucrânia, pode mudar drasticamente a comercialização da soja, tendo em vista que o mercado de exportações e importações reage de acordo com as declarações oficiais das autoridades mundiais. Com a concretização do embate, todos os fatores técnicos e fundamentais existentes no mercado seriam superados, de forma que os prêmios da soja brasileira apresentariam uma grande elevação.
Esta elevação se dá como uma forma de compensar as quedas em Chicago, caso a China realmente deixe de comprar a soja norte-americana. Vale ressaltar que a China está envolvida no embate, devido a um acordo “sem limites” feito com Rússia. Desta forma, no caso de conflito, a exportação de soja passaria a ser feita pela América do Sul e não pelos EUA.