As importações de fertilizantes pelo Brasil alcançaram 4,9 milhões de toneladas em outubro, representando aumento de 5,9% com relação ao mês anterior e alta de 8,2% sobre o mesmo período em 2023.
A redução nos preços dos fertilizantes neste período, reflete a maior competitividade entre os fornecedores internacionais, os ajustes nos estoques mundiais e as movimentações relacionadas ao quadro de oferta e demanda mundial, segundo o Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de novembro.
Importações de fertilizantes pelo Brasil
O Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo, atrás da China, Índia e Estados Unidos. Em 2023, o país importou 86% dos fertilizantes que consumiu, chegando a 39,4 milhões de toneladas.
De janeiro a outubro de 2024, foram desembarcadas nos portos brasileiros, 36,73 milhões de toneladas contra 37,02 milhões, no mesmo período do ano anterior, representando baixa de 0,8%.
Destaque para o fato de ser a maior importação ocorrida no ano, e a maior realizada em outubro, na série relacionada.
Pelo porto de Paranaguá, chegaram de janeiro a outubro 8,8 milhões de toneladas, contra 9,24 milhões no mesmo período do ano passado; pelos portos do Arco Norte foram 6,39 milhões, contra 5,38 milhões do ano anterior e Santos recebeu 7,19 milhões de toneladas, comparadas a 7,61 milhões, em igual período do ano anterior.
Preços
Em entrevista ao Prosa Rural, da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), a engenheira agrônoma, especialista em fertilizantes e consultora da Safras & Mercado, Maísa Romanello, analisa que os preços das formulações estão menores nesta safra 2024/2025.
De maneira geral, ela afirma que a situação é favorável para o produtor rural investir em fertilizantes para obter boa produtividade, com preços menores das formulações em relação aos anos de 2023 e 2022, que atingiram recordes históricos com as consequências do início da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Em 2023, o mercado retornou à normalidade e 2024 está com patamares dentro da média, com exceção dos fosfatados que têm preços elevados.
“No caso dos nitrogenados, temos no momento preços mais baixos do que em relação há um ano. O mesmo acontece para o cloreto de potássio, que está com preços bastante favoráveis para a aquisição, nos menores patamares em anos. Já os fosfatados estão com preços elevados devido às questões do mercado internacional, principalmente devido à menor oferta da China”, analisa.
Romanello afirma que a preocupação para a safra 2024/2025 tem sido a rentabilidade mais enxuta para algumas commodities, principalmente soja, devido à queda no preço do grão, o que prejudicou o poder de compra de insumos, adiando a tomada de decisão.