Em fevereiro de 2025, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou uma variação de 1,23%, marcando um aumento de 1,12 ponto percentual (p.p.) em relação a janeiro de 2025 (0,11%).
No acumulado do ano, o IPCA-15 soma uma alta de 1,34%, e nos últimos 12 meses, a variação foi de 4,96%, superando os 4,50% registrados no período anterior.
Variação no IPCA-15

Conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o setor de Habitação teve uma alta significativa de 4,34%, com um impacto de 0,63 p.p. O destaque, no entanto, vai para o subitem de alimentação e bebidas, que se manteve com uma variação de 0,61% e teve um impacto de 0,14 p.p. no índice.
A alimentação doméstica apresentou um aumento de 0,63%, mas o índice foi mais modesto em comparação a janeiro, quando houve um aumento de 1,10%.
Entre os itens que sofreram variações mais expressivas, o café moído (11,63%) e a cenoura (17,62%) tiveram aumentos notáveis. Por outro lado, produtos como batata-inglesa (-8,17%), arroz (-1,49%) e frutas (-1,18%) apresentaram quedas no preço, refletindo as flutuações no mercado agrícola e as sazonais do setor.
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Em relação ao setor de Transportes, que também impacta diretamente o agronegócio, o aumento dos preços de combustíveis como o etanol (3,22%) e o óleo diesel (2,42%) afetou os custos de transporte, o que pode impactar diretamente na logística de distribuição de produtos do campo.
Além disso, a energia elétrica também se destacou no grupo Habitação, com um aumento de 16,33% em fevereiro, após a redução observada em janeiro (-15,46%). O setor de águas e esgoto também refletiu reajustes nas tarifas, com destaque para Belo Horizonte e Porto Alegre, regiões que podem influenciar nos custos de produção agrícola.
Por fim, os dados indicam que o setor agrícola, que já enfrenta desafios de variação nos custos de transporte e insumos, pode ser fortemente impactado pelas flutuações no custo de energia e combustíveis.