O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou em agosto o menor resultado para o grupo Habitação em quase três décadas, com recuo de 0,90%.
O destaque foi a queda de 4,21% na energia elétrica residencial, que sozinha contribuiu com -0,17 ponto percentual no índice. A redução refletiu o crédito do Bônus de Itaipu nas contas de luz, mesmo sob a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos. Também pesaram os reajustes aplicados em capitais como São Luís, Vitória, Belém e São Paulo.
IPCA de agosto

A redução ocorreu com a incorporação do Bônus de Itaipu nas faturas, apesar da vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos. No mês, também foram aplicados reajustes tarifários em capitais como São Luís, Vitória, Belém e São Paulo.
O gás encanado apresentou variação de 0,37%, refletindo alta de 6,41% em Curitiba e queda de 1,22% no Rio de Janeiro. Já a taxa de água e esgoto avançou 0,24%, após reajustes em Vitória e Salvador.
Alimentação e bebidas, grupo de maior peso no índice, recuou 0,46%, marcando a terceira queda consecutiva. A alimentação no domicílio caiu 0,83%, com destaque para reduções nos preços do tomate (-13,39%), batata-inglesa (-8,59%), cebola (-8,69%), arroz (-2,61%) e café moído (-2,17%). A alimentação fora de casa também desacelerou, passando de 0,87% em julho para 0,50% em agosto.

Nos Transportes, a queda de 0,27% foi influenciada pelo recuo de passagens aéreas (-2,44%) e combustíveis (-0,89%), com destaque para gasolina (-0,94%), etanol (-0,82%) e gás veicular (-1,27%). Em contrapartida, o diesel registrou leve alta de 0,16%. Também foram incorporados reajustes em tarifas de táxi em Belém e São Paulo.
Entre as regiões, Vitória registrou a maior variação (0,23%), impulsionada pela energia elétrica e pela tarifa de água e esgoto. Já Goiânia e Porto Alegre tiveram os menores resultados (-0,40%), em função da redução na energia elétrica e nos combustíveis.