Em julho de 2025, a produção industrial brasileira registrou queda de 0,2% frente a junho, interrompendo parte do avanço acumulado no início do ano.
Na comparação com o mesmo mês de 2024, houve expansão de 0,2%, mantendo a trajetória de crescimento modesto que acumula 1,1% no ano e 1,9% nos últimos 12 meses.
Produção industrial em julho

Entre os setores industriais, o destaque positivo no contexto do agronegócio foi registrado pelos bens de capital agrícolas e pelos produtos químicos de uso agrícola, como fertilizantes, fungicidas, herbicidas e inseticidas, que apresentaram crescimento expressivo em julho, impulsionando a produção de máquinas e equipamentos para o setor.
As indústrias extrativas também contribuíram, com aumento na produção de minérios e gás natural, essenciais para insumos e energia no agro.
O setor de produtos alimentícios, após quatro meses consecutivos de queda, apresentou recuperação em julho, com crescimento de 1,1%, refletindo uma reação nas cadeias de processamento de alimentos e bebidas.
Produtos como peixe congelado, carnes frescas e alguns itens básicos para consumo doméstico impulsionaram esse desempenho, beneficiando diretamente a oferta agroindustrial.
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Apesar desses avanços, algumas áreas sofreram retração, como bebidas e produtos derivados do petróleo, impactando insumos para o setor agroindustrial, como o álcool etílico, e reforçando a necessidade de ajustes na produção.
No acumulado do ano, o segmento de máquinas e equipamentos para o setor agrícola destacou-se com expansão de 7,9%, enquanto produtos químicos voltados ao agro cresceram 3,5%. A produção de veículos automotores, tratores e implementos agrícolas também contribuiu positivamente para a indústria, evidenciando a relevância do setor agro para sustentar o desempenho industrial em meio à instabilidade de outros segmentos.
O panorama geral mostra uma indústria brasileira em crescimento lento, mas com o agronegócio e seus setores de suporte como pilares de estabilidade e impulso para o restante da economia.