O ano de 2022 foi o quinto mais quente da história, mesmo sob efeito do fenômeno La Niña, segundo um estudo global do clima conduzido pela Nasa. O ano passado também manteve a tendência de crescimento de gases do efeito estufa, sem sinais de desaceleração.
No início da semana, o programa de monitoramento de aquecimento global Copernicus, do Programa de Observação da Terra da União Europeia, também já havia classificado 2022 como o quinto mais quente da série histórica.
O cenário indicia que o mundo está caminhando para ultrapassar a meta estabelecida no Acordo de Paris, em 2015, que prevê limitar o aquecimento global a 1,5°C até 2100.
“Pelo ritmo que estamos indo, não vai demorar mais de duas décadas para chegarmos a isso [aumento de 1,5ºC]. A única maneira de isso não acontecer é pararmos de lançar gases de efeito estufa na atmosfera”, enfatizou o diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Nasa, Gavin Schmidt.
Ano mais quente da história
Para a Nasa, 2022 está na quinta colocação junto com o ano de 2015. Segundo os cálculos, os últimos nove anos foram os mais quentes desde a adoção do novo modelo de documentação, em 1880. Pelos registros, a temperatura do planeta aumentou mais de 0,2ºC a cada década. No ano passado, o valor registrado foi maior que a média do século 19, chegando a 1,11ºC.
Conforme os registros, 2022 também teve alta nas emissões de dióxido de carbono. A principal causa foi, novamente, a queima de combustíveis fósseis.
- Feiras do agronegócio: Confira o calendário de feiras e eventos em 2023
“O aquecimento climático já está deixando uma marca: os incêndios florestais estão se intensificando, os furacões estão ficando mais fortes, as secas estão causando estragos e o nível do mar está subindo”, destacou o administrador da Nasa, Bill Nelson.
Em 2022, também houve recorde de temperatura oceânica, pois a maior parte do calor extra dos planetas está acumulado nos oceanos. O fator contribui para diversas consequências ambientais, incluindo o favorecimento de tempestades mais intensas.