O estado do Amazonas registou o 2° maior maior acumulado de focos de queimadas para setembro desde 1998, época em que o monitoramento começou a ser realizado.
Em 2023 já foram contabilizados 14.682 focos de incêndio, mais do que a média histórica anual que é de 9.167.
Números de focos de queimadas na Amazônia
Os dados foram divulgados pelo Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Ao todo, o amazonas registrou 6.871 focos de incêndio.
O resultado é o pior do ano no estado, superando os 5.474 focos que foram identificados em agosto.
Devido a estiagem, setembro costuma ser o mês mais severo de queimadas no estado do Amazonas, no bioma e na região da Amazônia Legal.
Ainda conforme o levantamento, em 2023 a Amazônia Legal registrou 32.094 focos em setembro, menos do que os 48.570 registrados no mesmo período em 2022.
Efeitos negativos das queimadas
Conforme o estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), as queimadas na Amazônia foram responsáveis pelo aumento de internações hospitalares devido a problemas respiratórios entre os anos de 2010 e 2020.
“O estudo mostra que, mesmo com a possível subnotificação por conta de inconsistências na base de dados do DataSUS, os valores diários de poluentes são extremamente elevados e contribuíram para aumentar em até duas vezes o risco de hospitalização por doenças respiratórias atribuíveis à concentração de partículas respiráveis e inaláveis finas (fumaça) nos estados analisados”, relataram os pesquisadores.
Ainda conforme o estudo, cerca de 87% das internações no estado da Amazonas estão relacionados devido às grandes quantidades de fumaças. Já no Pará o estudo apontou um índice de 68% e no Mato Grosso e Rondônia ficou em 70%.
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