O crédito de carbono é como se fosse uma moeda utilizada no mercado de carbono, representando uma tonelada de carbono que deixou de ser emitida para a atmosfera, contribuindo com a diminuição das emissões de gases do efeito estufa (GEE).
Esses créditos resultam de projetos de mitigação dos gases, como reflorestamento e energia renovável. Esse mecanismo financeiro foi criado para colocar a sustentabilidade como um ativo econômico, com práticas positivas e viáveis, como mostra o curso online e gratuito do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás) sobre o tema.
Curso ensina sobre o mercado de crédito de carbono no agro
O mercado de crédito de carbono está cada vez mais valorizado. Em média, 1 hectare preservado gera cerca de 140 créditos de carbono. No Brasil, cada crédito de carbono vale aproximadamente R$25,00.
No curso, o aluno aprende a calcular, implementar e monetizar os créditos de carbono. A capacitação tem uma carga horária de 20 horas e tem certificado.
A capacitação é dividida em quatro módulos: o primeiro trabalha os conceitos e origem do crédito de carbono, no segundo a legislação e regulamentação no Brasil, no mundo e em Goiás.
Na terceira etapa, é abordada a comercialização do crédito de carbono, os valores, canais de negociação. No último tópico, o produtor rural aprende como rentabilizar sua propriedade fazendo cálculo do crédito de carbono, aplicando os conhecimentos, além de um passo a passo para desenvolver um projeto de carbono.
Inscrições
O curso é voltado para proprietários rurais, trabalhadores, familiares, profissionais da área, estudantes e interessados em aprender e aplicar os créditos de carbono, com a oportunidade de lucrar com essas práticas, alinhando interesses econômicos com a responsabilidade ambiental.
As matrículas estão abertas através do link https://ead.senargo.org.br/curso/credito-de-carbono-no-agro.
Mercado de Carbono é aprovado no Senado Federal
O Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (13), o projeto do Mercado de Carbono (PL 182/2024), que autoriza a União a estabelecer limites para a emissão de gases de efeito estufa e a compensação da poluição no Brasil.
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) trabalhou para que a legislação estabeleça as proteções e garantias a todos os envolvidos na operacionalização do mercado de carbono.
Propriedades rurais, onde se concentra expressiva parcela dos ativos ambientais, pode ser objeto da constituição de créditos de carbono, em um mercado regulado ou voluntário.
Para o presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), a estruturação do mercado de carbono é uma oportunidade para gerar mais renda ao produtor e ajudar a preservar o planeta.
“Pauta importantíssima. Os créditos podem ser vendidos a quem precisa compensar suas emissões. Da mesma maneira, contemplar os produtores como responsáveis por essas vendas é trazer justiça e garantia do direito de propriedade e a sustentabilidade da produção”, disse Lupion.