O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) identificou uma elevação nos alertas de desmatamento na Amazônia, conforme informações do sistema Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), disponível na plataforma TerraBrasilis.
Os números divulgados nessa quinta-feira (8) indicam que abril registrou um crescimento de 55% nos alertas de desmatamento em relação ao mesmo mês de 2024.
Alertas de desmatamento

Com base nos dados, embora o acumulado entre agosto do ano passado e abril deste ano revele uma redução de 5% nos índices de desmatamento, o salto observado no último mês tem chamado a atenção das autoridades federais.
O Inpe apontou que os estados do Amazonas, Mato Grosso e Pará concentraram a maior parte dos alertas recentes. A tendência de queda verificada nos primeiros meses do ano, entre janeiro e abril, já vinha perdendo força, com recuo de apenas 1%. Ainda assim, na comparação entre os períodos de agosto a abril dos anos de 2022 e 2024, houve redução expressiva de 45,7%.
No Cerrado, os alertas de desmatamento também aumentaram em abril, com alta de 26% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No entanto, o acumulado desde agosto até abril mostra uma queda contínua de aproximadamente 25%.
Em 2024, o índice oficial de desmatamento no Cerrado teve retração de 25,7%, revertendo uma sequência de cinco anos de crescimento.
No caso do Pantanal, os dados do Deter indicam uma queda de 77% nos alertas de desmatamento em abril, sem registros de focos de incêndio no período.
Controle e novos avanços

Após uma reunião da Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento, a ministra Marina Silva anunciou a aprovação dos planos voltados à Mata Atlântica e ao Pampa, os dois únicos biomas que ainda não contavam com estratégias de controle. Com isso, todos os biomas brasileiros passam a ter planos específicos de combate ao desmatamento.