A operação realizada pela Polícia Federal (PF), destruiu com explosivos quatro minas subterrâneas de garimpo ilegal em Maués, no Amazonas.
Durante a ação, foram resgatados trabalhadores em condições análogas à escravidão e expostos a perigos extremos.
Garimpo ilegal

A operação nomeada como “Mineração Obscura 2”, contou com a participação de diversas instituições, como a Polícia Rodoviária Federal, ICMBio, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Funai e Ministério Público do Trabalho (MPT). Este esforço foi um desdobramento da Operação Déjà Vu, que também investigou práticas semelhantes na região.
O foco da operação foi a exploração ilegal de ouro, com o uso de substâncias tóxicas como cianeto e mercúrio, que representam graves riscos à saúde e ao meio ambiente.
Além disso, os auditores do MPT identificaram que mais de 50 trabalhadores viviam em condições precárias, com jornadas exaustivas e expostos a substâncias perigosas. Muitos dos trabalhadores fugiram ao perceber a aproximação das equipes de fiscalização, e apenas quatro permaneceram, sendo resgatados pelas autoridades.
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Além dos abusos trabalhistas, o garimpo ilegal causou sérios danos ambientais, com a destruição de áreas de preservação e a contaminação de fontes de água.
A operação identificou prejuízos ambientais superiores a R$ 1 bilhão. A PF destacou que este é um dos garimpos ilegais mais antigos do Brasil e que nunca antes uma ação tão complexa foi realizada para desmantelar operações subterrâneas desse tipo.