O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) participou de uma recente expedição para a Antártida, com o objetivo de analisar as mudanças climáticas e seus impactos no mundo. A expedição, formada por três pesquisadores, partiu do Brasil no dia 29 de novembro de 2022.
Durante a viagem, que durou quatro semanas, foram instalados novos instrumentos físicos, químicos e meteorológicos, incluindo dois para medição de radiação ultravioleta e um para medição de ozônio na superfície terrestre.
Além disso, a equipe realizou a manutenção e troca de baterias e turbinas eólicas de instrumentos antigos e resgatou dados de maior precisão que estavam se perdendo.
De acordo com o meteorologista do Inmet, Franco Nadal Villela, o monitoramento da camada de ozônio é uma preocupação mundial e a expedição busca comprovar melhorias nesse cenário.
Ele ressalta que é fundamental acompanhar as medidas que visam reduzir os efeitos das mudanças climáticas.
- Logística reversa: Indústria goiana deve reutilizar 22% das embalagens recicláveis no estado
Equipe brasileira enfrentou clima inóspito em busca de dados sobre mudanças climáticas, na Antártida
A equipe de pesquisadores brasileiros enfrentou condições climáticas adversas para concluir a expedição ao Criosfera 1 – primeiro módulo científico do Brasil instalado na Antártida. Devido às condições do tempo, a equipe teve que esperar dois dias para se acomodar no local.
Nadal Villela destacou a importância da região, que é uma das mais limpas e preservadas do planeta, mas ainda pouco estudada.
“É impressionante como conseguimos detectar elementos que vieram de muito longe em uma região tão remota. É exatamente por isso que precisamos conhecer mais a Antártida”, disse o meteorologista.
Veja um vídeo da equipe realizando manutenção no módulo brasileiro, Criosfera 1:
O planejamento da viagem envolveu a parceria do Inmet, Inpe, UERJ e InCt da Criosfera, que desenvolveram programas de coleta de dados para contemplar novos instrumentos de medição de radiação ultravioleta e ozônio da superfície.