A Operação Esturro marcou o início da fase ostensiva de uma investigação que busca apurar crimes ambientais contra a flora e a fauna na Área de Reserva Legal do Projeto de Assentamento São Judas Tadeu, localizado em Santa Rita do Tocantins.
O objetivo do inquérito policial é esclarecer os fatos, circunstâncias e autoria relacionados às denúncias de desmatamento ilegal, tráfico de madeira retirada da reserva legal, caça de animais silvestres, comércio ilegal de armas de fogo, munições e outros possíveis crimes.
Ao todo, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, emitidos pelo Juízo da 4ª Vara Federal do Tocantins.
Policia Federal investiga crimes ambientais
![Operação da PF investiga crimes ambientais contra a flora e a fauna, no Tocantins 2 Crimes ambientais](https://agro2.com.br/wp-content/uploads/2024/05/crimes-ambientais.jpg)
Segundo as investigações, um indivíduo é suspeito de realizar o corte ilegal das árvores na área protegida, beneficiar-se da madeira extraída ilegalmente e comercializá-la em cidades vizinhas.
Além disso, há suspeitas de que essa mesma pessoa esteja sendo contratada para utilizar a madeira desmatada ilegalmente na construção de imóveis dentro da reserva legal, fomentando a invasão de terras da União.
A Polícia Federal ressalta que a Área de Reserva Legal do Projeto de Assentamento é considerada um bem da União, portanto os crimes cometidos em seu interior são de competência da Justiça Federal.
Desmatamento em terras de domínio público
![Operação da PF investiga crimes ambientais contra a flora e a fauna, no Tocantins 3 Operação da PF](https://agro2.com.br/wp-content/uploads/2024/05/operacao-da-pf-2.jpg)
Com a investigação, a equipe da Polícia Federal irá intensificar suas ações com o objetivo de identificar todas as pessoas envolvidas nos crimes sob investigação. Os indivíduos indiciados poderão responder por crimes como esbulho possessório, desmatamento em terras de domínio público, matança de animais silvestres e comércio ilegal de armas de fogo. As penas somadas desses crimes podem chegar a até 20 anos de reclusão.
O nome da operação, “Esturro”, faz referência ao “rugido da onça”, uma das espécies abatidas na região. Essa operação representa mais um esforço no combate aos crimes ambientais e na preservação da biodiversidade do país.